Curitiba - O Procurador-Geral do Estado, Luciano Borges dos Santos, enviou um pedido de suspeição do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE), Fábio Camargo. A justificativa é que Camargo tenha extrapolado o decoro e incentivou a adoção de medidas contra a administração pública em redes sociais. Além disso, o conselheiro teria rompido o princípio de imparcialidade.

O pedido de liminar foi protocolado por Luciano Borges e agora segue para análise da Corregedoria-Geral do TCE. No documento, obtido com exclusividade pelo jornalista Karlos Kohlbach, comentarista político do Jornal da Manhã, o procurador-geral solicita que o pedido de suspeição seja encaminhado ao conselho de ética do TCE para providências.
Na representação, Luciano Borges pede que o conselheiro Fábio Camargo seja afastado das funções de supervisão das inspetorias e julgamento de processos que envolvam o governo do Paraná, os órgãos vinculados ao executivo e autoridades estaduais. No documento, o procurador-geral aponta que Camargo teria uma tendência de parcialidade e cita como exemplo: o uso da posição institucional e das redes sociais para fomentar campanha pessoal contra autoridades estaduais.
Segundo Luciano Borges, o conselheiro chegou a usar a conta no Instagram para convocar servidores públicos a ingressarem com ações na justiça contra o estado, relativas à revisão geral anual de 2017.
A petição do PGE ainda destaca que, durante a posse da nova cúpula do tribunal, em 22 de janeiro, Fábio Camargo teria se dirigido a ele em tom provocativo, jocoso e com xingamentos.
A produção do Jornal da Manhã entrou em contato com Fábio Camargo, que revelou que ainda não foi notificado sobre o pedido de suspeição. O conselheiro aproveitou para destacar que é direito do PGE questionar a atuação dos conselheiros.
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