Objetivo do Governo é desobstruir as estradas para garantir o abastecimento da população e evitar prejuízos à economia
Depois de 12 dias do início das manifestações de caminhoneiros pelo Brasil, o governo federal vai instalar nesta quarta-feira (25) a mesa de negociações e diálogos com representantes da categoria. Os protestos já bloqueiam rodovias estaduais e federais em nove estados e afetam o abastecimento de alimentos, medicamentos e combustíveis em diversas cidades.
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Na pauta do encontro estão o preço do frete, a regulamentação da Lei dos Caminhoneiros, aprovada recentemente pelo Congresso Nacional, e a prorrogação dos financiamentos do Programa Procaminhoneiros.
Uma das principais queixas dos caminhoneiros diz respeito ao preço do combustível. No entanto, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, informou que a redução do preço do óleo diesel não está na pauta de negociações. O ministro afirma o governo está atento, “acompanhando as manifestações dos caminhoneiros e mantendo diálogo permanente com as lideranças deles e dos empresários”.
Por mais de uma vez, o ministro disse que não faz parte da pauta do governo o preço dos combustíveis. “O tema central das lideranças é o valor do frete. Queremos que a solução para o preço seja feita por meio de uma relação direta. Vamos estimular, coordenar e incentivar o diálogo entre o setor empresarial e os representantes dos caminhoneiros”, acrescentou.
A expectativa do governo, segundo Rosseto, é estímular a negociação direta entre as partes, respeitando as reivindicações, mas trabalhando para desobstruir as estradas e garantir o abastecimento da população e evitar prejuízos à economia.
Nesta terça-feira (24), o ministro da Secretaria-Geral se reuniu com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, além do Advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams. Mas o “diálogo permanente”, conforme o ministro, já ocorre com caminhoneiros, lideranças empresariais e governos estaduais.