O governador do Paraná, Ratinho Junior, e o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, assinaram, nesta quarta-feira (15), um decreto para construir uma nova reserva hídrica na Região Metropolitana de Curitiba. A promessa é que a obra supra o abastecimento de água em momentos de estiagem como o atual e ajude na preservação do Rio Iguaçu.
Batizada de Reserva Hídrica do Futuro da Bacia do Alto Iguaçu, a área se estende do município de Balsa Nova ao de Piraquara, interligando antigas cavas de exploração de areia nas margens do Rio Iguaçu, com potencial para formação de lagos.
A área cria um corredor de biodiversidade e preservação de 150 quilômetros de extensão, com capacidade para até 43 bilhões de litros de água para serem utilizados no abastecimento regional em períodos de seca.
“Estamos sentindo a necessidade do cuidado com a água, e por isso queremos criar um dos maiores corredores de biodiversidade do mundo, que cuida da natureza”
afirmou o governador no evento de lançamento do projeto
A área total do espaço é de cerca de 21 quilômetros quadrados, dos quais 14,5 são áreas de águas e lagos, isto é, 65% do total. Além de Curitiba, a área compreende outros quatro municípios: Pinhais, Araucária, Fazenda Rio Grande e São José dos Pinhais.
“Esse imenso parque, que vai de Piraquara até Porto Amazonas, é um projeto estratégico para que façamos a proteção dos mananciais que restam para a Grande Curitiba”,
ressaltou o prefeito de Curitiba, Rafael Greca.
Os recursos para implementação estão estimados em R$ 120 milhões e deverão ser viabilizados através da conversão de multas em atraso junto ao Ibama e outros órgãos.
Segundo a Sanepar, a obra vai beneficiar cerca de 3 milhões de habitantes. Às margens da reserva serão construídos 50 km de ciclovias e terá a possibilidade de transporte por hidrovias. O projeto, idealizado em 2019, será implantando num período de dez anos.
“Além da preservação hídrica, haverá conservação da fauna e da flora, agregando outros valores até para o turismo. Os efeitos serão bastante positivos para todos, com uma forte pegada socioambiental”,
afirmou diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile.