Nesta terça-feira (20) é dia de pagar o vale para os motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana, porém o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros (Setransp) já adiantou que o pagamento provavelmente não vai acontecer.
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Em nota enviada nesta segunda-feira à imprensa, o sindicato informou que a Urbanização de Curitiba (Urbs) e a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) devem atualmente às empresas da Rede Integrada de Transporte (RIT) cerca de R$ 13 milhões e que o adiantamento salarial desta terça “depende da solução do impasse” entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Curitiba.
Há uma semana, a Urbs recusou a proposta de renovação do convênio da RIT apresentada pelo Governo estadual no último dia 9 de janeiro. A Urbs afirmou em nota que, sem a renovação do convênio, há a separação financeira imediata entre transporte metropolitano e transporte urbano de Curitiba. “A partir de 01 de janeiro de 2015, a responsabilidade pelo pagamento das empresas de transporte metropolitano passou a ser competência exclusiva da Comec”, diz a nota enviada no dia 12.
De acordo com as empresas metropolitanas, o repasse por parte do poder público deixou de ser feito exatamente no 1º de janeiro de 2015. O Setransp pede uma solução urgente por parte dos poderes públicos, “a fim de que a população de Curitiba e Região Metropolitana não sofra com novos transtornos no sistema de transporte”.
Na manhã da última sexta-feira, os motoristas e cobradores se reuniram em assembleia na Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba, para começar as discussões sobre a data base o reajuste salarial anual da categoria.
O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) afirmou que também aguarda uma resolução rápida para a questão dos repasses. Dino Cesar, vice-presidente do Sindimoc, disse que recebeu informações de que algumas empresas farão o pagamento de metade do valor do vale. “É lamentável. Enquanto a Prefeitura de Curitiba e o Governo do Paraná ficam nesse jogo de empurra, nessa briga política, quem sai prejudicado é o trabalhador. E se o trabalhador se manifesta, acaba prejudicando também a população”, criticou.
Segundo o vice-presidente, a categoria não pretende realizar nenhuma paralização antes do dia 27, que é quando os motoristas e cobradores se reúne, com os empregadores para discutir o reajuste salarial.