Na primeira etapa da Hackathon Curitiba, 17 apps foram criados pelas equipes de universitários para solucionar problemas da cidade e a Prefeitura diz que pretende viabilizar todos eles. A maratona, realizada no último final de semana na Universidade Positivo, tem como objetivo estimular universitários a desenvolverem aplicativos que ajudem a Prefeitura Municipal a administrar a cidade, além de promover o desenvolvimento de startups em Curitiba. Assim, o evento estimula o empreendedorismo e as boas ideias.
Pela categoria mobilidade, a equipe formada por estudantes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) foi a vencedora com a criação do aplicativo IEstar, criado para comprar e ativar os cartões do Estacionamento Regulamentado (EstaR) via app. Na categoria saúde, os ganhadores foram os estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), da equipe Magic Numbers, responsáveis pela criação do CWB Saúde, aplicativo que permite ao cidadão agendar consultas em postos de saúde. A primeira colocação na categoria cidadania ficou com a equipe 12345, também da PUCPR, idealizadora do Adote Curitiba, que permite aos cidadãos propor melhorias em parques da cidade.
A consultora e gestora do projeto de Startups do Sebrae/PR, Marielle Rieping, foi um das juradas do Hackathon. Ela reconhece que foi difícil escolher as melhores ideias, devido à qualidade dos trabalhos apresentados. “O nível estava muito acima da nossa expectativa. O empenho desses jovens mostra o potencial empreendedor que temos em nossa cidade e, por isso, é tão importante incentivar iniciativas como essas”, afirmou.
O diretor de Planejamento e Políticas da Secretaria de Informação e Tecnologia de Curitiba, José Pugas, afirma que a Prefeitura pretende aproveitar todas as ideias. “Estamos impressionados com os frutos que colhemos. A soluções apontadas são muito interessantes. Todos os participantes serão chamados para que os apps sejam viabilizados”, garante.
Mentoria
A estruturação do modelo de negócios, a usabilidade do app e o apontamento das tendências que mapearam a criação das ideias foram alguns dos quesitos avaliados pela banca de jurados. Para auxiliar os universitários a desenvolver esses pontos, consultores do Sebrae/PR trabalharam como voluntários no intuito de ajudar na formulação do plano de negócios dos participantes.
Rodrigo Viana foi um dos consultores do Sebrae/PR que trabalhou como mentor durante o evento. Ele ficou responsável por apresentar aos participantes o método Canvas, uma ferramenta de gerenciamento estratégico, que permite desenvolver e esboçar modelos de negócio novos ou existentes. Ele destacou o empenho dos participantes.
“A maior parte deles não tinha muita noção sobre empreendedorismo e fazer o exercício prático os ajudou a entender as etapas a serem vencidas para colocar uma empresa em prática. Posso dizer que eles estão prontos para viabilizar suas startups”, explica.
Próximas etapas
Os três vencedores desta primeira etapa vão concorrer na grande final, marcada para acontecer em dezembro. Eles irão competir com os ganhadores de outras duas etapas do Hackathon, marcadas para este ano, respectivamente nos meses de agosto e outubro. A primeira competição será entre empreendedores de startups e a segunda, entre alunos do ensino médio da cidade. As datas ainda não foram definidas.