Todas as rodovias federais do Brasil encontravam-se com “fluxo livre de veículos” nesta segunda-feira (1), disse o Ministério da Infraestrutura, em meio a ameaças de uma possível greve de caminhoneiros com início nesta data.
Em publicações no Twitter, a pasta de Infraestrutura afirmou, citando também a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que não havia no início da manhã “nenhum ponto de retenção total ou parcial” nas estradas, inclusive nas concedidas.
O movimento de caminhoneiros para uma greve nacional nesta segunda-feira era visto no final da semana passada como dividido, com uma parte da categoria buscando manter diálogo com o governo e outra defendendo a cobrança por meio da paralisação de demandas que incluiriam queda no preço do diesel.
Paralisação no Paraná
No Paraná, a Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal estão nas estradas monitorando a paralisação que foi marcada na BR-116, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba.

Na Régis Bittencourt, onde alguns caminhoneiros se reuniram, o caminhoneiro Plínio Dias declarou que a manifestação foi intimidade pela presença das policias.
“A gente foi surpreendido pela PRF e pela Polícia Militar, com abuso de poder e coagindo a categoria. Passou mais de 20 viaturas, achando que a categoria é bandido. Isso é um crime”, disse Dias.
Os caminhoneiros ainda reclamaram que a PRF não autorizou a colocação de cones, mesmo com aviso prévio dado à concessionária que administra do trecho da rodovia, para que a mobilização pudesse ser organizada.
“A concessionária de pedágio foi notificada. A PRF não autoriza eles a colocarem os cones para a gente fazer a nossa paralisação. É uma mobilização para a gente conversar com os caminhoneiros. Nós temos direito, é constitucional”, completou Dias.
Veja a entrevista com o caminhoneiro:
Vídeo cedido por Eduardo Matysiak.