Uma homenagem em memória do ditador Augusto Pinochet foi solicitada pelo deputado estadual Frederico d’Avila (PSL-SP). O ato solene foi marcado na agenda oficial da Alesp para ocorrer às 18h do dia 10 de dezembro.
Segundo o deputado do PSL, que solicitou a homenagem em memória de Pinochet, o ditador chileno conduziu seu governo de forma brilhante. “Impediu que o cenário ditatorial e violador de direitos humanos cubano e soviético da época se instalasse no seio da sociedade chilena”, argumentou Frederico d’Avila.
Para Frederico d’Avila, a visão comunista impede as pessoas de entender o bem que o ditador chileno fez ao país durante seu comando.
Presidente da Alesp diz que vai impedir homenagem a Pinochet
Depois da solicitação de homenagem a Pinochet, o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Cauê Macris (PSDB) afirmou que irá impedir o ato solene para o ditador chileno. Segundo o parlamentar, ele assinou um ato impedindo que aconteça a homenagem, que será publicado no Diário Oficial na próxima sexta-feira (22).
➡️Assino nesta quinta um ato da Presidência impedindo que aconteça o evento em homenagem ao ditador Augusto Pinochet dentro da @AssembleiaSP . O ato será publicado no Diário Oficial do Estado na sexta-feira (22).
— Cauê Macris (@cauemacris) November 21, 2019
Quem foi o ditador chileno Augusto Pinochet
Augusto José Ramón Pinochet Ugarte é filho de um militar de origem francesa, foi um general do exército e ditador chileno. No dia 11 de setembro em 1973, Pinochet deu um golpe militar e depôs o presidente Salvador Allender, que se declarava socialista.
Algumas ações do mandato do ditador chileno foram:
- implementação da política de liberalização econômica, incluindo a estabilização da moeda e remoção das tarifas para a indústria local;
- privatização da estrutura de seguridade social;
- colocou os sindicatos de esqueda na ilegalidade;
A ditadura no Chile, comandada por Augusto Pinochet, durou 17 anos. Apenas em 1977 o seu governo foi condenado pela Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas. A ditadura militar chilena comandada por Pinochet é considerada uma das mais sanguinárias do continente, que levou 200 mil pessoas ao exílio, torturou milhares e deixou mais de três mil mortos.
Pinochet morreu no dia 10 de dezembro de 2006, aos 91 anos.

*Esse conteúdo foi elaborado a partir de matéria publicada originalmente no Estadão