O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (17) que a isenção do pagamento do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que ganham menos de R$ 5 mil por mês custará R$ 27 bilhões por ano aos cofres do Governo Federal. O valor é R$ 5 bilhões a menos que o custo estimado no ano passado, de R$ 32 bilhões.

O recálculo tem como base principalmente o aumento do salário mínimo para R$ 1.518, o que deve diminuir o número de pessoas com renda abaixo dos R$ 5 mil. Segundo Haddad, o Governo refez os cálculos após a aprovação do Orçamento 2025, que será votado em abril.
Governo discute detalhes da reforma do Imposto de Renda
Ainda nesta segunda (17), Haddad se reuniu com o Presidente da República, Lula (PT), para discutir detalhes do Projeto de Lei (PL) da reforma do IR. A expectativa é que Lula assine e apresente o PL já nesta terça-feira (18), em cerimônia que contará com o próprio Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a Ministra das Relações Internacionais, Gleisi Hoffmann e os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Haddad explicou que a nova versão do PL conta com mudanças determinadas pelo Presidente Lula. São elas:
- Não mexer nas deduções do Impostro de Renda;
- Manter a isenção do IR para pessoas com doenças graves com renda acima de R$ 20 mil mensais;
- Inclusão do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) no texto final.
Apesar da expectativa, é possível que o texto seja apresentado somente na quarta-feira (19), já que o Presidente da República tem viagem marcada para Sorocaba, no interior de São Paulo, na terça (18).
Caso aprovado pelo congresso, o PL aumenta o limite de renda para a isenção do Imposto de Renda de R$ 2.824, para R$ 5 mil. Segundo números divulgados pelo Governo Federal, 32% dos trabalhadores brasileiros deixarão de pagar o tributo com o aumento do valor.
*Com supervisão de Jonathas Bertaze e informações da Agência Brasil.
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