A faixa de Gaza foi surpreendida por diversos ataques dos israelenses na madrugada desta terça-feira (18). A ofensiva resultou na morte de 130 cidadãos e dezenas de feridos, segundo o anuncio da Defesa Civil de Gaza. Esse é o primeiro ataque desde o acordo de cessar-fogo com o Hamas, feito em 19 de janeiro, após 15 meses de guerra.

A escolha de quebrar o cessar-fogo foi discutida na noite do último sábado (15), no decorrer de uma sessão de consulta de segurança realizada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Ele informou em comunicado, que a decisão foi tomada após o término da primeira fase do acordo, em 1° de março, quando não ocorreu um novo entendimento para dar continuidade ao processo de paz.
O acordo era composto de três fases até chegar ao fim dos ataques. No documento também estava prevista a libertação de 98 reféns israelenses em compensação de 990 a 1.650 palestinos apreendidos. A primeira fase foi a única praticada, liberando 33 israelenses e 95 palestinos.
Vídeo mostra momento de ataques de Israel na Faixa de Gaza
Comunicado de Israel
Em anuncio após as ofensivas, o primeiro-ministro afirmou que os ataques continuarão até a liberação de todos os reféns israelenses em retenção do grupo terrorista Hamas.
“As Forças de Defesa de Israel (IDF) estão, neste momento, atacando alvos da organização terrorista Hamas em toda a Faixa de Gaza para alcançar os objetivos da guerra, conforme determinados pelo escalão político, incluindo a libertação de todos os nossos reféns, vivos e falecidos”, informou Netanyahu.
A imprensa da Casa Branca também se manifestou após a quebra de cessar-fogo, afirmando que o governo israelense procurou as autoridades dos Estados Unidos antes de iniciar os ataques.
“O governo Trump e a Casa Branca foram consultados pelos israelenses sobre seus ataques em Gaza esta noite – e como o presidente Trump deixou claro, o Hamas, os Houthis, todos aqueles que buscam aterrorizar não apenas Israel, mas também os Estados Unidos da América, verão um preço a pagar. Um inferno vai desabar”, concluiu a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt em entrevista à Fox News americana.
*Com supervisão de Jorge de Sousa
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