Curitiba - A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, pode ser chamada a depor na Justiça em uma ação popular que questiona a legitimidade de viagens internacionais custeadas com recursos públicos. O pedido foi feito pelo vereador de Curitiba Guilherme Kilter (Novo), um dos autores do processo que tramita na 9ª Vara Cível da Justiça Federal do Distrito Federal.

Janja em discurso
Vereador Guilherme Kilter move ação que questiona viagens internacionais da primeira-dama (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

A ação pede que sejam considerados nulos os atos administrativos que autorizaram o pagamento das viagens da primeira-dama. Caso seja aceita, Janja poderá ter que reembolsar os cofres públicos.

Segundo dados do Painel de Viagens do Executivo, desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram gastos cerca de R$ 237 mil em passagens aéreas de voos comerciais para a primeira-dama. 

Em vários deslocamentos, ela utilizou a classe executiva, benefício que, pelas regras atuais, é restrito a ministros de Estado ou servidores em cargos elevados.

De acordo com o vereador Guilherme Kilter, um dos autores do processo, as viagens internacionais feitas pela primeira-dama não teriam respaldo legal. 

“Nós processamos a primeira-dama contra suas viagens internacionais, principalmente para Paris, Moscou, Nova York e Roma, porque ela usou aviões da FAB sem a companhia do presidente. Em tese, é a presença dele que dá legitimidade para o uso das aeronaves. Por isso pedimos que a Justiça a impeça de viajar novamente dessa forma e obrigue a devolver o dinheiro público já gasto”, disse.

Kilter questionou também a atuação da Advocacia-Geral da União no caso e afirmou que a AGU não pode defender quem não tem cargo oficial no governo. 

“Por isso pedimos que a Justiça desconsidere essa defesa e determine que a própria Janja contrate advogado particular, além de prestar depoimento pessoal para explicar seus gastos”, completou.

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Guilherme Fortunato

Editor

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.

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