A jogadora de basquete Brittney Griner desembarcou nos Estados Unidos, nesta sexta-feira, um dia após ser parte de uma troca de prisioneiros entre o governo americano e a Rússia. Bicampeão olímpica, ela estava há 10 meses presa depois que a polícia encontrou oléo de cannabis em sua bagagem, na vistoria ao chegar a Moscou.

Para que ela fosse libertada, o governo russo exigiu a libertação do traficante de armas russo Viktor Bout, que cumpria pena de 25 anos. A troca foi realizada na última quinta-feira (9). Bout era acusado de vender armas anti-aéreas para grupos paramilitares, como as FARC, da Colômbia. Sua história foi a inspiração do filme “O Senhor das Armas”, estrelado pelo ator Nicolas Cage.

Antes de sua condenação, o Departamento de Estado dos EUA declarou que Brittney Griner estava “detida injustamente” – uma acusação que a Rússia rejeitou com veemência. Refletindo a crescente pressão sobre o governo Biden para fazer mais para trazer a jogadora para casa, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, revelou publicamente em julho que Washington havia feito uma “proposta substancial” à Rússia para levar a jogadora de volta aos país de origem, junto com Paul Whelan, um americano que cumpre uma sentença de 16 anos na Rússia por espionagem.

Esta é a segunda troca de prisioneiros entre EUA e Rússia em menos de um ano. Em abril, Moscou liberou o veterano dos fuzileiros navais dos EUA, Trevor Reed, em troca de os EUA libertarem um piloto russo, Konstantin Yaroshenko, que foi condenado por uma conspiração de tráfico de drogas.