O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sete aliados próximos começa nesta terça-feira (2). Os oito réus integram o chamado “núcleo crucial” e respondem por cinco crimes em ação penal por tentativa de golpe de Estado, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

A Primeira Turma da Corte, formada pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin (presidente da Turma), Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia, conduzirá oito sessões marcadas para o julgamento. Nesta terça, estão previstas duas sessões:
- Manhã: das 9h às 12h
- Tarde: das 14h às 19h
As sessões podem ser acompanhadas ao vivo pelos canais do YouTube da TV Justiça e do STF. A expectativa é que as duas primeiras sessões e a da manhã de quarta-feira (3) sejam dedicadas à apresentação das manifestações da acusação e da defesa.
Cronograma das próximas sessões
- Terça (2): manhã (9h-12h) e tarde (14h-19h)
- Quarta (3): manhã (9h-12h)
- Próxima semana (9 e 10/09): ministros apresentam considerações sobre o caso
- Sexta (12/09): expectativa de definição das sentenças
Acusações contra Bolsonaro e aliados
Os réus respondem por:
- Organização criminosa armada
- Golpe de Estado
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Deterioração de patrimônio tombado
- Dano qualificado contra o patrimônio da União
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação de Bolsonaro por todos os crimes, e a pena pode chegar a 43 anos de prisão. No entanto, a defesa poderá apresentar recursos, o que significa que a consequência da condenação não seria imediata. Em um primeiro momento, Bolsonaro continuaria em prisão domiciliar.
Réus que serão julgados
Além de Jair Bolsonaro, serão julgados:
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, que assinou acordo de delação com a Polícia Federal.
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