A 61ª fase da operação ‘Lava Jato’, denominada como ‘Disfarces de Mamom’, foi delagrada na manhã desta quarta-feia (8). A operação mira um esquema de lavagem de dinheiro no Banco Paulista e é realizada em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal.
Cerca de 170 Policiais federais cumprem três mandados de prisão preventiva e 41 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Os mandados foram expedidos pela 13ª. Vara Federal de Curitiba.
Lava Jato mira esquema de lavagem de dinheiro em banco
Desta vez, o objetivo foi apurar um grande esquema de lavagem de dinheiro praticado por funcionários de um banco que faziam a contratação de empresas de fachada. Elas emitiam notas fiscais e contratos fictícios para justificar serviços não prestados.
Dessa forma, camuflavam pagamentos feitos e recebidos pelo banco no exterior. Uma vez, pagos, tais empresas, com ajuda de doleiros remetiam numerário para exterior por meio de operações tipo dólar-cabo.
Conferindo assim, a aparência de legalidade às operações e obtendo, deste modo, dinheiro em moeda estrangeira com aparência legal. Os presos são funcionários do banco investigado e, na época, um deles atuava na mesa de câmbio.
Já o outro, era diretor da área de operações de câmbio e o terceiro era diretor geral da instituição.
Investigações
As investigações tiveram início a partir de depoimentos e colaborações colhidas de três administradores de uma instituição financeira no exterior, que atuava ocultando capitais em operações criminosas em favor do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht.
Essa é a primeira vez que a operação Lava Jato cumpre mandados diretamente na sede de um banco. Os presos serão levados para a sede da PF em São Paulo e posteriormente transladados para a Superintendência do Paraná, onde serão interrogados.
‘Disfarces de Mamom’
O nome da operação remete a uma passagem bíblica ‘Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom’.
Isso porque a instituição bancária envolvida, que deveria zelar pelo higidez do sistema financeiro no âmbito do qual ela estava inserida, valia-se de sua posição privilegiada dentro da estrutura financeira do mercado para a viabilização de atividades ilícitas.
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