Após a derrota no primeiro turno das eleições em Curitiba, Ney Leprevost e Sergio Moro trocaram acusações nas redes sociais nesta quarta-feira (16).

Leprevost e Moro trocam acusações: "traidor costumaz" e "recebeu o que merecia"
Colegas de partido expuseram críticas sobre a campanha eleitoral. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil e Valdir Amaral/Alep)

Após Leprevost não conseguir avançar ao segundo turno, os colegas do União Brasil trocaram acusações como “traidor” e “recebeu o que merecia”.

A troca de acusações começou quando Leprevost concedeu uma entrevista à Folha de São Paulo em que apontou não ter escolhido Rosângela Moro, esposa de Sergio, como vice na chapa e que a presença do senador atrapalhou a campanha.

“Moro atrapalhou bastante. Não que seja culpa dele o fato de eu não ter vencido, mas ele atrapalhou bastante. E ele é ruim de lidar, de difícil trato, vaidoso. Acho que eu comecei a perder a campanha quando cometi o erro de aceitar o pedido do União Brasil nacional de colocar a mulher do Moro de minha vice. Eu gosto da Rosângela, ela é boa gente, uma querida. Mas o Moro atrapalhou”, disse Leprevost.

Após a entrevista, Moro utilizou o X, antigo Twitter, para responder o colega de partido. O senador apontou que Leprevost “não conseguiu eleger o irmão” e que ele “representa a velha política”.

“Ney Leprevost não conseguiu nem eleger o irmão vereador e quer, com mentiras na Folha de São Paulo, transferir a responsabilidade pelo fracasso de sua candidatura a prefeito a terceiros. O problema é que a população não aguenta mais a velha política de candidatos que se apresentam sem posições claras. Ney aventurou-se na busca por eleitores de todos os lados e junto com seu irmão recebeu nas urnas o que merecia”, respondeu Moro.

A tréplica de Leprevost veio por meio de uma nota da assessoria de imprensa. Nela, entre outros tópicos, o deputado estadual acusa Moro de ser um “traidor contumaz” e que “se transformou em um mero “lacrador” de redes sociais”.

“Se o senhor fosse amado pelo povo de Curitiba como afirma, não precisaria andar rodeado de seguranças pagos pelo povo brasileiro até para ir à feira. Me esqueça e vá se defender na justiça. Pois quem é réu em processo criminal é o senhor, não eu”, pontuou a nota.

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A Prefeitura de Curitiba era um dos principais objetivos do União Brasil e de Moro nas eleições deste ano. Dessa forma, o partido poderia diminuir a influência do PSD de Ratinho Júnior antes da disputa ao Governo do Paraná em 2026.

Leprevost registrou apenas 6,49% dos votos válidos no primeiro turno e a única chance do União Brasil vencer em uma das principais cidades do Paraná é em Ponta Grossa, com Elizabeth Schimidt.

“Em Curitiba, que é o berço do Lava-Jatismo e a base eleitoral do Moro, ele saiu muito, muito, muito prejudicado. O Lava-Jatismo, esse sim, me parece estar, do ponto de vista eleitoral, enterrado em Curitiba. Já em ão José dos Pinhais que teria, esse ano, pela primeira vez, possibilidade de segundo turno e que foi derrotado já no primeiro turno pelo candidato do PSD à eleição”, analisa Cervi.

Ao todo, o União Brasil conquistou 20 prefeituras no Paraná no primeiro turno.

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Jorge de Sousa

Editor

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.