Líder do agronegócio no Paraná diz que Requião usou imagem dele sem autorização
O diretor-presidente da Cooperativa Agroindustrial de Cascavel – COOPAVEL, Dilvo Grolli, vai acionar a campanha do candidato Roberto Requião (PT). Ele teve o uso de sua imagem de forma indevida na propaganda eleitoral do candidato de Lula da Silva (PT) no Paraná. “Não autorizei e muito menos fui consultado sobre o uso dessa declaração e sua utilização em qualquer programa ou peça partidária e estarei tomando providências cabíveis.”, informou Grolli.
Requião usou uma declaração antiga de Grolli, dada há 13 anos, sobre o Programa Trator Solidário, pelo governo estadual da época. Utilizar declarações descontextualizadas é uma das definições de fake news.
Grolli é um dos maiores líderes do agronegócio e do cooperativismo do país. Comanda uma das maiores cooperativas da América Latina. Fundada em 1970, a Coopavel tem hoje mais de 6.230 associados e 7.026 colaboradores diretos, contribuindo para um faturamento de mais de R$ 3,5 bilhões em 2020 e previsão de R$ 4,5 bilhões em 2021.
PT e o MST
A ligação do PT com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) assusta quem produz no campo. Recentemente o líder da organização, João Pedro Stedile, disse que prevê o retorno de “mobilizações de massa” caso o ex-presidente Lula saia vitorioso das eleições de outubro. As declarações foram feitas em um podcast divulgado na página do movimento na internet. A informação foi divulgada pela revista Veja.
Logo após se filiar ao PT, em março desse ano, Requião criticou a propriedade privada. Em um evento junto com Lula ele declarou apoio ao MST. “Nesse nosso Brasil, enquanto houver uma área com capacidade produtiva vazia, ocupada por monopólios de monocultura, não é aceitável que a gente considere um título de propriedade para impedir o povo de lavrar, plantar e de fazer o que faz o MST hoje: solidariedade a um conjunto da população num momento difícil do Brasil”, disse Requião durante um ato em Curitiba.
Na luta para eleger Lula e candidatos do PT, o MST já criou mais de 7.000 “comitês populares de luta” em todo o país.