O líder do Governo na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), protocolou nesta segunda-feira (21) pedido de prisão preventiva contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O pedido foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

No documento, o líder do Governo na Câmara cita que Eduardo Bolsonaro ameaçou agentes da Polícia Federal (PF), bem como realiza sucessivas tentativas de “desestabilizar a Justiça brasileira”.
Eduardo Bolsonaro teria dito em live nas redes sociais, no dia 20 de julho, em mensagem supostamente endereçada a agentes da Polícia Federal.
“Vai lá, coleguinha, cachorrorinho da Polícia Federal… se eu ficar sabendo quem é você, eu vou me mexer aqui”, disse o deputado.
Farias pontuou que o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, criticou a fala de Eduardo Bolsonaro, a chamando de “covarde tentativa de intimidação”.
O líder do Governo na Câmara disse que essa ação de Eduardo Bolsonaro configura os crimes de coação no curso do processo e obstrução de justiça.
“Eduardo Bolsonaro já foi apontado neste inquérito como possível parte de estrutura voltada à desestabilização do sistema de justiça brasileiro por meio de ações internacionais coordenadas, com apoio financeiro indevido, propaganda externa, articulação de sanções diplomáticas e retórica golpista”, citou Farias no pedido.
Pedido de prisão do líder do Governo contra Eduardo Bolsonaro ocorre após operação da PF

Na última sexta-feira (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal. Segundo Bolsonaro, a ação tinha como alvo o filho dele e deputado federal, Eduardo.
Ao todo, dois mandados de busca foram cumpridos pela Polícia Federal na residência de Bolsonaro e em endereços ligados ao PL, em Brasília (DF).
Como consequência da operação, Bolsonaro terá ue usar uma tornozeleira eletrônica e não poderá sair da residência aos fins de semana e das 19h e 7h entre segunda e sexta-feira.
O ex-presidente ainda não poderá ter contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros, bem como se aproximar de embaixadas.
“Eles pegaram meu celular, R$ 7 mil e aproximadamente US$ 14 mil, todo esse dinheiro devidamente declarado. É um inquérito político, nada de concreto existe ali. Mas nunca pensei em sair do país, ir a uma embaixada, mas as cautelares são a respeito disso. Sou ex-presidente da República, tenho 70 anos de idade. Então é uma suprema humilhação”, declarou Bolsonaro em entrevista coletiva.
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