Lula decreta intervenção federal em Brasília após invasão e vandalismo nas sedes dos três poderes

por Fernando Araújo Martins
com informações da Agência Estado
Publicado em 8 jan 2023, às 17h59. Atualizado às 19h29.

O presidente Luis Inácio Lula da Silva acaba de decretar intervenção federal em Brasília para conter os atos de vandalismo de bolsonaristas radicais que invadiram a sede do Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, neste domingo (8).

O decreto do presidente determina intervenção federal no Distrito Federal até o dia 31 de janeiro. O interventor será o secretário do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia, e o objetivo é conter as ações nos prédios dos três poderes. Vândalos tomaram e destruíram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e Superior Tribunal Federal (STF).

A intervenção se limita a área de segurança pública do Distrito Federal, e o interventor não responde aos poderes estabelecidos em Brasília, como o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.

Lula diz que invasões e destruição foram feitas por “fascista fanáticos”

O decreto foi assinado por volta das 18 horas deste domingo, em Araraquara, onde o presidente Lula estava visitando a cidade. Ele contou ter sido informado das invasões na cidade paulista e chamou os atos de “fascistas fanáticos” e “verdadeiros vândalos”.

Ele ainda afirmou que houve falta de segurança no governo do Distrito Federal e que todos os envolvidos serão identificados e punidos. “vamos descobrir, inclusive, quem são os financiadores desse vândalos que destruíram Brasília”.

Danos ao patrimônio público

O Ministério da Gestão e Inovação, comandado por Esther Dweck, informou que fará um levantamento dos danos causados ao patrimônio público para “buscar” ressarcimento junto aos responsáveis. “O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos lamenta os atos antidemocráticos ocorridos neste domingo (8/1) na capital federal e informa que irá fazer um levantamento dos danos ao patrimônio público para buscar ressarcimento junto aos responsáveis”, afirmou o ministério em nota, apontando que os prédios públicos são patrimônio de toda a população e que atos criminosos de depredação atingem toda a sociedade “e não serão tolerados”.