Lula faz ataque a Bolsonaro e destaca coragem do TSE: "projeto de destruição do país"

Publicado em 12 dez 2022, às 15h31. Atualizado às 15h44.

Durante a cerimônia de diplomação desta segunda-feira (12), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atacou o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que o candidato a reeleição tinha um “projeto de destruição do país, ancorado no poder econômico e em uma indústria de mentiras e calúnias jamais vista ao longo da nossa história”. Ainda, destacou a coragem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Superior Tribunal Federal (STF).

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Primeiro, Lula afirmou que a democracia estava ameaçada e que precisa ser cultivada. “Poucas vezes na história recente deste país a democracia esteve tão ameaça. Poucas vezes na nossa história a vontade popular foi tão colocada a prova e teve que vencer tantos obstáculos para enfim ser ouvida. A democracia não nasce por geração espontânea. Ela precisa ser semeada, cultivada, cuidada com muito carinho por cada um e a cada dia, para que a colheita seja generosa para todos. Além disso, a democracia tem que ser, todos os dias, defendida daqueles que tentam, a qualquer custo, sujeitá-la a seus interesses financeiros e ambições de poder. Felizmente não faltou quem defendesse neste momento tão grave a nossa democracia”, citou ele.

O presidente eleito afirmou que as instituições enfrentaram várias dificuldades, mas que conseguiram fazer prevalecer o voto popular nas eleições de 2022. “Além da sabedoria do povo brasileiro, que escolheu o amor em vez do ódio, a verdade em vez da mentira e a democracia em vez do arbítrio, quero destacar a coragem do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que enfrentaram toda a sorte de ofensas, ameaças e agressões para fazer valer a soberania do voto popular”, disse.

Durante o discurso, Lula atacou Bolsonaro, pontuou as dúvidas geradas sobre as urnas eletrônicas e as fake news. “Essa não foi uma eleição de candidatos de partidos políticos com programas distintos, foi a disputa entre duas visões de mundo e de governo. De um lado, um projeto de reconstrução do país, com ampla participação popular, de outro lado, um projeto de destruição do país, ancorado no poder econômico e em uma indústria de mentiras e calúnias jamais vista ao longo da nossa história”.

“Não foram poucas as tentativas de sufocar a voz do povo e a democracia. Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida há muito tempo em todo o mundo. Ameaçaram as instituições, criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar aos seus locais de votação. Tentaram comprar os votos dos eleitores com falsas promessas e dinheiro farto desviado do orçamento público. Intimidaram os mais vulneráveis com ameaças de suspensão de benefícios e os trabalhadores com risco de demissão sumária caso contrariassem os interesses de seus empregadores.”, ressaltou Lula.

“A nação foi envenenada com mentiras produzidas no submundo das redes sociais, eles semearam a mentira e o ódio e o país colheu uma violência política que só se viu nas páginas mais tristes da nossa história. No entanto, a democracia venceu”, comemorou o presidente eleito.