Lula insiste em ser o mediador de um acordo de paz para a guerra da Ucrânia
O presidente Lula (PT) voltou a conversar com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e, segundo o petista, se colocou mais uma vez à disposição para participar de iniciativas em torno da construção da paz. “Reafirmei o desejo do Brasil de conversar com outros países e participar de qualquer iniciativa em torno da construção da paz e do diálogo. A guerra não pode interessar a ninguém”, declarou o presidente, em mensagem na rede social.
O chefe do Executivo tem defendido mediação política para impedir a escalada do conflito entre os dois países. Em 24 de fevereiro, Zelensky disse que esperava conversar com Lula “em breve”. Zelensky comentou que acha importante o apoio do Brasil para o lado ucraniano, na expectativa de que Lula possa ser “uma ponte para poder conversar com mais países da América Latina”.
Mais cedo, o chanceler russo, Sergei Lavrov, confirmou uma visita ao Brasil em abril após se reunir com o chanceler Mauro Vieira durante a cúpula do G-20 na Índia. A visita ocorrerá depois de a Rússia dar sinais positivos à proposta do Brasil de criar um grupo de países para pôr fim ao conflito.
Desde o início do governo Lula, o Itamaraty tenta se equilibrar na posição de neutralidade no conflito e lançar-se diplomaticamente como intermediador de um plano de paz. A nova linha de política externa tem desagradado americanos, europeus e ucranianos.
Sugestões vagas de negociações de paz não são incomuns no conflito ucraniano. Em dezembro, Putin se disse disposto a negociar “soluções aceitáveis” para o fim do conflito, que incluiriam a manutenção das quatro províncias ocupadas por tropas russas.
Semanas antes foi a vez da Rússia rejeitar uma oferta ucraniana que incluía a retirada de tropas de seu território. No começo da guerra, Putin também rejeitou uma oferta de paz de Zelenski por julgar que obteria condições mais vantajosas no campo de batalha.
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