Brasil - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversaram por telefone, nesta terça-feira (2), por cerca de 40 minutos. Segundo o Palácio do Planalto, a iniciativa da ligação partiu de Lula. A conversa, considerada “muito produtiva” pelo governo, tratou de “temas da agenda comercial, econômica e de combate ao crime organizado”, segundo nota divulgada pela comunicação do Planalto.

Lula agradeceu a decisão dos Estados Unidos de retirar a tarifa adicional de 40% imposta a alguns produtos do agro brasileiro, como carne, café e frutas. Destacou que “ainda há outros produtos tarifados”, como do setor industrial, que “precisam ser discutidos entre os dois países e que o Brasil deseja avançar rápido nessas negociações”.
Foi a segunda vez que os dois mandatários conversaram por telefone após o encontro na Assembleia Geral da ONU, em setembro.
Em 26 de outubro, os dois presidentes se encontraram na Malásia, após uma conversa prévia via ligação telefônica. Na época, Lula e Trump classificaram a reunião como “ótima e satisfatória”.
Brasil pede cooperação dos EUA contra o narcotráfico
Lula também destacou a “urgência em reforçar a cooperação com o EUA” no combate ao crime organizado internacional. Na ligação, o presidente brasileiro “destacou as recentes operações realizadas no Brasil pelo governo federal com vistas a asfixiar financeiramente o crime organizado e identificou ramificações que operam a partir do exterior”.
O pedido de cooperação ocorre num momento em que os Estados Unidos fazem um cerco militar contra traficantes de drogas que operam de dentro da Venezuela, bombardeando barcos suspeitos no mar do Caribe e matando todos os ocupantes de forma sumária. Trump promete fazer operações terrestres em solo venezuelano sob a desculpa de combater o narcotráfico.
De acordo com o comunicado do Planalto, o republicano demonstrou “total disposição” para trabalhar com o Brasil e dará “todo o apoio a iniciativas conjuntas entre os dois países para enfrentar essas organizações criminosas”.
Os dois presidentes concordaram em voltar a conversar em breve sobre o andamento dessas iniciativas.
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