Apoiadores de Jair Bolsonaro e movimentos ligados à esquerda ocuparam ruas em diferentes cidades do Brasil neste domingo (7), Dia da Independência. Os primeiros pediram anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado e pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, enquanto os segundos levantaram bandeiras contra a medida e em defesa de pautas sociais e trabalhistas.

Concentrações bolsonaristas pedem anistia
As maiores concentrações bolsonaristas ocorreram em Copacabana, no Rio de Janeiro, e na Avenida Paulista, em São Paulo, após convocação pelas redes sociais. Em meio ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode condenar o ex-presidente a até 40 anos de prisão, manifestantes entoaram gritos de “O Supremo é o povo” e “Anistia já”, além de exibirem faixas com apelos ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
“Não tem chuva, não tem tempo ruim que faça a gente desistir das nossas convicções e valores. Nossa bandeira sempre será em favor da justiça e da verdade”, disse à Reuters Miriam Miguel, de Maricá (RJ).
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o pastor Silas Malafaia participaram das mobilizações. Flávio afirmou acreditar no avanço da proposta de anistia no Congresso, defendendo que há uma “grande injustiça” contra os apoiadores de seu pai.
Esquerda organiza atos paralelos
Enquanto isso, movimentos sociais e apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizaram atos em São Paulo, na Praça da República, no centro do Rio e na Praça Zumbi dos Palmares, em Brasília. As pautas incluíram a rejeição da anistia, a luta pelo fim da escala de trabalho 6 x 1, a defesa da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a soberania nacional diante de sanções impostas pelo governo Trump.
Na capital federal, Lula participou do desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, que reuniu cerca de 45 mil pessoas. O presidente afirmou, em discurso recente, que a batalha contra a anistia também precisa ser travada pelo povo, já que a extrema-direita mantém força no Congresso.
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