Londrina: manifestantes participam de ato no calçadão da cidade

Manifestamente contrários ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já começaram a se reunir no no calçadão de Londrina, no norte do Paraná, com a finalidade de participar da passeata programada para a tarde deste domingo (7). (Veja galeria de imagens abaixo)

A Polícia Militar (PM) fechou quatro quadras na região e acompanha de longe a chegada dos participantes. 

Entre as pautas defendidas estão o fim do racismo, o respeito aos indígenas, a conservação da democracia e repúdio ao mandatário do país. 

Segundo informações do local, até o momento, as pessoas têm mantido um distanciamento mínimo umas das outras e usam máscaras de proteção. 

OAB denuncia ação para interromper manifestações  

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção Londrina, denunciou que “grupos de ideologia extremista, pautados na crença da violência e do Estado autoritário, iniciaram ação coordenada para interromper e impedir as manifestações, por meio de atos de violência”. 

A OAB Londrina escreveu ainda que tanto uma comissão da instituição como o Ministério Público teriam apurado que “agentes da Força de Segurança Pública” fariam parte dessa ação. 

“O mais grave destas denúncias é que restou apurado, tanto por esta Comissão, quanto pelo Ministério Público, que agentes da Força de Segurança Pública fazem parte deste grupo de reação às manifestações, tendo participação ativa na organização dos atos de violência contra a liberdade de expressão e manifestação, inclusive com a intenção de uso, no dia da manifestação, de armas letais, o que causa consternação e paura”, diz parte da nota. 

E, por fim, condenou qualquer forma de tentativa de restringir ao “cidadã brasileiros o direito de manifestar seu pensamento livremente”. 

“A Ordem dos Advogados do Brasil, desta forma, rechaça toda e qualquer forma de restrição de Direitos Fundamentais e prática de violência, e lembra que a ordem e a segurança pública deverão ser garantidas pelo Estado, através de agentes de Segurança, com treinamento e ordens para tanto, jamais por cidadãos armados, fora de horário de serviço, com o intuito de justiçamento, o que vai na contramão das regras e garantias do Estado Democrático de Direito e da Constituição Federal”, finaliza.

Na sexta-feira (5), a Polícia Militar informou que o caso estava sendo investigado e que as pessoas que fizeram ameaças aos manifestantes já havia sido identificadas.  Além disso, a PM garantiu que iria reforçar a segurança para evitar qualquer forma de violência.

“Com base nas informações que foram veiculadas sobretudo em redes sociais, inclusive, de grupos antagônicos à Polícia Militar como polícia preventiva, ela mobilizou todo o local aqui com a presença policial e com objetivo de, em primeiro lugar, que a manifestação seja realizada com segurança e, no caso de quebra da ordem, para que possa ser restabelecida a ordem pública”, disse o major Nelson Villa, comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar de Londrina, neste domingo. 

O major também pontuou que o grande aparato policial também foi incentivado pelas denúncias de que pudesse ocorrer um confronto entre manifestantes pró e contra o governo. 

“Como é público, é notório, todos sabiam, houve até a manifestação do próprio Ministério Público em relação ao conhecimento ou não da Polícia Militar, quanto a possibilidade desse tipo de conflito. E, preparados para evitar se viesse acontecer, portanto, nós mobilizamos um efetivo maior”, explica.

Neste sábado (6), o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, usou sua rede social para solicitar que as pessoas tomassem cuidados como o uso de máscara, vido a pandemia do novo coronavírus, durante manifestação.

Fotos do protesto em Londrina: