Curitiba - Realizada desde 2007, a Marcha da Maconha pode estar com os dias contados em Curitiba. Isso porque um projeto de lei na Câmara Municipal da capital paranaense pretender proibir o evento.

Marcha da Maconha em Curitiba
Evento já tem data marcada em 2025. (Foto: Reprodução/Facebook Marcha da Maconha)

O projeto de lei 005.00046.2025 – com o substitutivo 031.00040.2025, é de autoria do vereador Bruno Secco (PMB), e pontua que a Marcha da Maconha e outros “eventos, reuniões, ou práticas análogas, que façam apologia ao consumo de drogas ilícitas que causem dependência física e/ou psíquica” sejam proibidos em Curitiba.

A proposta ainda prevê que os organizadores da Marcha da Maconha e de eventos similares recebem multas entre R$ 10 mil e R$ 50 mil, enquanto os participantes sejam sancionados com valores iniciais de R$ 2 mil.

Futuro da Marcha da Maconha deve ser votado em breve na Câmara de Curitiba

Vereadores votam a proibição da Marcha da Maconha em Curitiba
Vereadores defenderam proposta que visa acabar com esses eventos em Curitiba. (Foto: Jean Lucredi/CMC)

Nesta quarta-feira (23), a Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania, Segurança Pública e Minorias da Câmara Municipal de Curitiba liberou esse projeto para votação em plenário.

A partir dessa liberação, cabe ao presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Tico Kuzma (PSD), colocar a proposta para votação no plenário da Casa.

Para que o projeto seja aprovado na Câmara de Curitiba ele precisa ser votado sem vetos ou alterações no texto base em ao menos duas oportunidades.

Após essa aprovação, o projeto segue para sanção do prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), que pode sancionar ou vetar a proposta.

Em caso de veto, o projeto pode novamente ser deliberado na Câmara Municipal, desde que sejam votados os itens rejeitados pelo prefeito.

Justificativas dos vereadores para a proposta

“Quanto à pertinência e ao cabimento, trata-se de projeto que aborda tema de interesse público e relevante para a segurança e a saúde coletiva, alinhado com as disposições da lei federal 11.343/2006, Lei de Drogas, e com os princípios constitucionais da proteção à vida, à saúde e à segurança”, diz Delegada Tathiana Guzella (União)

“Em um primeiro momento tenho alguma questão acerca de liberdade de expressão, algum receio nesse sentido”, diz Rodrigo Marcial (Novo)

“A gente não pode confundir a liberdade de expressão com a liberdade de drogadição”, diz Bruno Secco.

Marcha da Maconha já tem data confirmada em 2025

Os organizadores da Marcha da Maconha de Curitiba confirmaram que o evento desse ano será realizado no dia 14 de setembro (domingo).

O evento terá início na Boca Maldita e será encerrado na Praça 19 de Dezembro.

“Vamos juntos fortalecer essa caminhada pela liberdade, pela saúde, pela ciência, pela paz e pelo direito de plantar e viver sem repressão”, pontuam os organizadores do evento.

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Jorge de Sousa

Editor

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.