Por Mark Weinraub

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros de milho, trigo e soja em Chicago cederam nesta sexta-feira, pressionados por novas preocupações a respeito de demanda, depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ameaçado impor tarifas sobre produtos do México como resposta à imigração ilegal para os EUA.

Todas as três commodities também receberam pressão de realizações de lucros, após registrarem ganhos elevados no mês e na semana. Fortes chuvas durante maio causaram diversos atrasos nos plantios norte-americanos de soja e milho. A umidade excessiva pode também ter reduzido a qualidade da safra de trigo das Planícies, que será colhida em breve.

Para o mês, o contrato mais ativo do milho avançou 17,9%, seu maior ganho mensal desde junho de 2015. O primeiro mês do trigo teve rali de 17,7% em maio, melhor nível mensal desde junho de 2017, enquanto a soja marcou alta de 2,9%, após três meses consecutivos de perdas.

Na quinta-feira, Trump afirmou que aplicaria uma tarifa sobre todos os bens partindo do México, começando em 5% e avançando gradualmente até que o fluxo ilegal de imigrantes cesse.

“O governo dos EUA continua jogando cascas de bananas para que os altistas do setor de grãos escorreguem”, disse Matt Zeller, diretor de informação de mercado da INTL FCStone, em nota a clientes.

O México é o principal comprador estrangeiro de milho e trigo dos EUA, além de ser o segundo maior de soja.

O contrato julho do milho fechou em queda de 9,25 centavos de dólar, a 4,27 dólares por bushel.

O trigo para julho recuou 11,5 centavos de dólar, para 5,03 dólares/bushel, enquanto o vencimento julho da soja fechou em baixa de 11,25 centavos, a 8,7775 dólares/bushel.

(Reportagem adicional de Naveen Thukral em Cingapura e Gus Trompiz em Paris)