No final da tarde de ontem o processo pedindo ao governo italiano a extradição do ex-diretor de marketing do Branco do Brasil, Henrique Pizzolato foi protocolado pelo Ministério da Justiça no Supremo Tribunal Federal (STF) . O político paranaense foi condenado na Ação Penal 470, o chamado “escândalo do mensalão”.

De acordo com a nota divulgada hoje (7) pelo ministério, o objetivo é dar ciência ao STF da abertura do prazo de 40 dias para que a Corte “manifeste interesse na instalação da extradição e encaminhe os documentos necessários” para formalização do pedido ao governo da Itália.

Foragido desde novembro do ano passado, Pizzolato foi preso na Itália na última quarta-feira (5). Ele fugiu para o país em setembro do ano passado e teve o nome incluído na lista de procurados pela Interpol, a polícia internacional, em mais de 190 países.

Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 12 anos e sete meses de prisão, pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato e formação de quadrilha.

Liberdade negada: A Justiça italiana negou hoje o pedido de Pizzolato para aguardar em liberdade a decisão sobre a sua extradição para o Brasil.

Antes da decisão, o condenado informou ao juiz, em uma audiência realizada na manhã de hoje, em Bolonha (Itália), que não pretende voltar ao Brasil.

O político entrou na Itália usando documentos falsos em nome do seu irmão Celso Pizzolato, falecido em 1978. Isso pesou na decisão do juiz em negar o pedido de aguardar o processo em liberdade. A defesa do ex-diretor do Banco do Brasil havia alegado que não havia risco de fuga.