Promotor afirmou que a queda foi provocada de forma deliberada pelo copiloto e que ele teria negado o acesso do piloto à cabine voluntariamente
O promotor do Ministério Público de Marselha, Brice Robin, disse, nesta quinta-feira (26), que a queda do Airbus A320 da Germanwings foi provocada de forma deliberada pelo co-piloto da aeronave. Segundo o promotor, ele teria negado o acesso do piloto à cabine voluntariamente.
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Um dos especialistas que investigam o acidente disse ao jornal The New York Times, com base nas gravações de uma das caixas-pretas, que o piloto do voo 4U9525 teria deixado a cabine da aeronave momentos antes do avião perder altitude e cair.
“Não sabemos o motivo pelo qual o piloto deixou a cabine”, afirmou o militar, que pediu anonimato por se tratar de uma investigação em andamento. “Mas estamos certos de que, nos momentos finais do voo, o outro piloto estava sozinho e não abriu a porta”, completou.
Uma das fontes que também pediu anonimato disse que, aparentemente, os tripulantes não conseguiram entrar novamente na cabine porque a porta estaria fechada, o que confirma relatos anteriores publicados pela imprensa internacional.
As circunstâncias que rodeiam o acidente continuam sendo um mistério por que durante oito minutos o avião perdeu altitude a grande velocidade. No final da tarde de quarta-feira (25), o chefe de investigações, Rémi Jouty, concedeu entrevista coletiva e destacou que ainda não “há uma explicação concreta” sobre o que pode ter acontecido.
A única hipótese descartada é uma explosão em voo, como já tinha afirmado o governo francês. Jouty não quis revelar o conteúdo da caixa-preta, mas afirmou que os investigadores já tinham escutado as gravações.
As informações publicadas pelo jornal americano despertaram a atenção dos principais especialistas em segurança aérea. Durante a entrevista coletiva, Rémi Jouty afirmou que ninguém pode contradizer a versão publicada pelo The New York Times.
Na manhã desta quinta-feira (26), especialistas que trabalham no caso já trabalham com duas hipóteses que podem esclarecer o acidente. Uma manobra suicida de um dos pilotos ou um possível ato terrorista.