O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e um grupo de parlamentares aliados visitem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua residência em Brasília. Bolsonaro está em prisão domiciliar desde a última segunda-feira (4), após descumprir medidas cautelares impostas pela Corte.

No ofício em que pediu autorização para visitar Bolsonaro nesta quinta-feira, Tarcísio disse ser “correligionário e amigo” do capitão reformado e que considera que há razões “político-institucionais” e “humanitárias” que justificariam a autorização por Moraes.
Tarcísio está em Brasília e participou da cerimônia de promoção dos generais da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). O governador não discursou e manteve postura discreta durante o evento.
Além dele, estiveram na cerimônia o presidente do PSD e seu secretário de governo em SP, Gilberto Kassab, o ministro da Defesa, José Múcio, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Amaro Santos, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e os deputados federais Zucco e Celso Russomano (Republicanos-SP)
Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro na última segunda-feira, 4, por descumprimento de medidas cautelares. Na mesma decisão, o ministro também o proibiu de receber visitas e de usar celular. Nesta quarta-feira, 6, o ministro proferiu novo despacho autorizando o ex-presidente a receber visitas de filhos, noras e netos.
Prisão domiciliar de Jair Bolsonaro
O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) teve prisão domiciliar determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A ordem de Moraes foi assinada na tarde desta segunda-feira (4).
Moraes pontuou na decisão que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares previstas, como, por exemplo, ter conteúdos veiculados nas redes sociais dos filhos do ex-presidente.
“Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro”, disse Moraes na decisão.
O ministro do STF ainda pontuou que os conteúdos publicados pelos filhos de Bolsonaro continham “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.
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