Moro diz que vai refletir sobre possibilidade de ser ministro (Foto: Lula Marques/Agência PT)

Sérgio Moro diz que será objeto de ponderada discussão e reflexão o convite para assumir ministério da Justiça

O juiz federal Sérgio Moro, titular da 13º Vara Federal da Justiça Federal, em Curitiba, e responsável pelos processos da operação Lava Jato, disse que vai analisar o convite para assumir o Ministério da Justiça.

A possibilidade para que Moro ocupe o cargo de Ministro da Justiça a partir de 1º de janeiro foi feita pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), durante entrevista à Record TV. 

A interlocutores próximos, Moro tem dito que se, de fato, for convidado para o Ministério da Justiça, vai inicialmente conversar com Bolsonaro para identificar “convergências importantes” e “divergências irrelevantes”.

Aliados de Bolsonaro dizem que a indicação de Moro para o Ministério da Justiça seria um atalho necessário para ele chegar ao Supremo. Um juiz de primeiro grau nunca foi alçado diretamente a ministro da Corte.

Esses interlocutores citam como exemplo o ministro Alexandre de Moraes. Antes de assumir a Corte, o advogado foi ministro da Justiça no governo Temer e Secretário de Justiça de São Paulo. O ministro Dias Toffoli, atual presidente do Supremo, também passou por um cargo relevante antes de ser indicado para a Corte Toffoli foi Advogado-Geral da União, assim como o ministro Gilmar Mendes.

Moro ministro da Justiça

Em nota, Moro se manifestou sobre a possibilidade também de ser indicado ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2020, no lugar de Celso de Mello. O juiz federal disse que o convite “será objeto de ponderada discussão e reflexão”. Veja na íntegra.

“Sobre a menção pública pelo Sr. Presidente eleito ao meu nome para compor o Supremo Tribunal Federal quando houver vaga ou para ser indicado para Ministro da Justiça em sua gestão, apenas tenho a dizer publicamente que fico honrado com a lembrança. Caso efetivado oportunamente o convite, será objeto de ponderada discussão e reflexão”.