O Ministério Público do Paraná (MPPR) apresentou um novo processo contra o deputado estadual Ricardo Arruda (PL) por improbidade administrativa. Na ação, a entidade cobra a devolução de R$ 1.045.175,80 aos cofres públicos. Essa quantia, apontam os procuradores, teria sido desviada pelo gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

Segundo apuração do Blog Politicamente, o MPPR classifica o suposto desvio de recursos públicos como sofisticado esquema de “rachadinha” movido pelo gabinete do deputado, o que teria, ainda segundo o blog, provocado um enriquecimento ilícito.
O MP aponta que o deputado usou cartões de crédito adicionais dos assessores, tanto do gabinete quanto da Corregedoria da Alep quando era presidida por ele, para usos pessoais, como viagens internacionais, hotéis e gastos corriqueiros do dia a dia. Segundo publicado pelo Blog Politicamente, o deputado teria utilizado o cartão dos funcionários até mesmo para pagar a fatura do cartão de sua esposa, Patrícia Miranda Arruda Nunes.
“Este sofisticado esquema de “rachadinha” foi exposto em minúcias numa delação premiada pelo ex-chefe de gabinete de Arruda — já homologa pela Justiça”, descreve o blog.
Em nota enviada para o jornalista Karlos Kohlbach, que assina o blog, a defesa do deputado Ricardo Arruda informou que o parlamentar ainda não foi citado oficialmente, mas que ele “reafirma seu compromisso com a transparência, com a legalidade e, sobretudo, com os seus eleitores, que sempre pautaram sua atuação pública””. Por fim, esclarece que “o deputado irá se pronunciar de forma técnica e responsável tão logo tenha acesso integral aos autos e possa exercer plenamente o seu direito de defesa”.