'Não gosto desse termo terceira via, parece que define a eleição como Lula e Bolsonaro', diz Moro

por Giselle Ulbrich
com informações de Mellanie Anversa, da TOPVIEW
Publicado em 21 fev 2022, às 19h04. Atualizado às 19h13.

Apesar de já ter se declarado várias vezes como “terceira via” nas próximas eleições à presidência da República, o ex-juiz e pré-candidato Sérgio Moro (Podemos) afirmou, nesta segunda-feira (21), que não gosta do termo “terceira via”.

“Parece que a gente define a eleição como Lula e Bolsonaro. E não é isso que o País quer. As pessoas querem algo diferente. […] Não tenho muita procupação com Lula ou Bolsonaro. A preocupação é fazer o nosso projeto (do Podemos) e conversar com populaçã brasileira”,

disse o também ex-ministro da Justiça de Bolsonaro.

A fala de Moro veio num contexto de análise das pesquisas eleitorais que já estão saindo e o colocam em terceiro, quarto e até quinto lugar nas pesquisas. Ele concordou que as intenções de votos não chegam próximas de Lula e Bolsonaro, que alcançam, respectivamente, o primeiro e segundo lugares. Mas ele se diz confiante com a média das pesquisas, que o colocam em terceiro lugar de maneira geral.

“Eu coloquei meu nome à disposição em novembro do ano passado, sem jamais ter participado de uma eleição. E estamos em terceiro lugar. A média das pesquisas que estão saindo nos colocam à frente como representando dessa alternativa aos extemos“,

disse ele, afirmando que não se deve levar um resultado isolado de pesquisa como correto.

O pré-candidato justifica sua fala mostrando que, o que importa para o Podemos, no momento, é quebrar a polarização política existente e que as pessoas querem algo diferente. “A missão é escapar dessa armadilha de baixo crescimento, de fome e de pobreza”, disse Moro.

Reformas

O ex-juíz ainda falou, durante o evento do Lide Paraná, que está chamando todos os pré-candidatos para palestras com o empresariado, que o que o Brasil precisa, no momento, de reformas. Ainda criticou Lula e Bolsonaro por suas posturas diante do tema e que o objetivo é tirar Bolsonaro do foco.

O governo atual abandonou as reformas. Não se fala mais do assunto. Lula não fez reformas na época e até se vangloria disso. Ainda diz que vai revogar as reformas que foram feitas. Só que se a gente quer ajeitar o Brasil, é imprenscindível fazer reformas. Não tem outro caminho. Se não, ano que vem estaremos com a inflação maior do que a que tivemos ano passado”,

cutucou Moro.