'Não gosto desse termo terceira via, parece que define a eleição como Lula e Bolsonaro', diz Moro
Apesar de já ter se declarado várias vezes como “terceira via” nas próximas eleições à presidência da República, o ex-juiz e pré-candidato Sérgio Moro (Podemos) afirmou, nesta segunda-feira (21), que não gosta do termo “terceira via”.
“Parece que a gente define a eleição como Lula e Bolsonaro. E não é isso que o País quer. As pessoas querem algo diferente. […] Não tenho muita procupação com Lula ou Bolsonaro. A preocupação é fazer o nosso projeto (do Podemos) e conversar com populaçã brasileira”,
disse o também ex-ministro da Justiça de Bolsonaro.
A fala de Moro veio num contexto de análise das pesquisas eleitorais que já estão saindo e o colocam em terceiro, quarto e até quinto lugar nas pesquisas. Ele concordou que as intenções de votos não chegam próximas de Lula e Bolsonaro, que alcançam, respectivamente, o primeiro e segundo lugares. Mas ele se diz confiante com a média das pesquisas, que o colocam em terceiro lugar de maneira geral.
“Eu coloquei meu nome à disposição em novembro do ano passado, sem jamais ter participado de uma eleição. E estamos em terceiro lugar. A média das pesquisas que estão saindo nos colocam à frente como representando dessa alternativa aos extemos“,
disse ele, afirmando que não se deve levar um resultado isolado de pesquisa como correto.
O pré-candidato justifica sua fala mostrando que, o que importa para o Podemos, no momento, é quebrar a polarização política existente e que as pessoas querem algo diferente. “A missão é escapar dessa armadilha de baixo crescimento, de fome e de pobreza”, disse Moro.
Reformas
O ex-juíz ainda falou, durante o evento do Lide Paraná, que está chamando todos os pré-candidatos para palestras com o empresariado, que o que o Brasil precisa, no momento, de reformas. Ainda criticou Lula e Bolsonaro por suas posturas diante do tema e que o objetivo é tirar Bolsonaro do foco.
“O governo atual abandonou as reformas. Não se fala mais do assunto. Lula não fez reformas na época e até se vangloria disso. Ainda diz que vai revogar as reformas que foram feitas. Só que se a gente quer ajeitar o Brasil, é imprenscindível fazer reformas. Não tem outro caminho. Se não, ano que vem estaremos com a inflação maior do que a que tivemos ano passado”,
cutucou Moro.