O nome do Deputado Federal Nikolas Ferreira (PL-MG) repercutiu após a megaoperação “Operação Carbono Oculto” contra lavagem de dinheiro e fraude por meio do sistema financeiro. A polêmica começou após o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmar que a “onda de críticas e fake news” nas redes sociais sobre a instrução normativa de fiscalização do Pix contribuiu para a ocorrência dos crimes.

Em janeiro, o órgão baixou norma que estabelecia vigilância sobre transações da modalidade a partir de R$ 5 mil. A oposição ao governo rapidamente instrumentalizou politicamente a medida, que passou a chamar de “taxação do Pix”.
Devido à forte repercussão negativa, o governo decidiu revogar a norma, que, segundo Barreirinhas, poderia ter evitado crimes. O principal nome da campanha contra a instrução normativa foi o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que não foi citado pelo secretário.
Nome de Nikolas Ferreira repercute após resultado da operação: entenda
A declaração de Barreirinhas ocorreu em coletiva de imprensa em São Paulo para o anúncio dos resultados da Operação Carbono Oculto, que cumpriu 200 mandados de busca e apreensão em dez Estados. O objetivo da ação, deflagrada na quinta-feira (28), é desmantelar um esquema de fraudes e de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis por organizações criminosas que transacionam dinheiro ilícito por fundos e fintechs.
“As operações de hoje mostram quem ganhou com essas mentiras, com essas fake news: o crime organizado. Mostram que, independentemente das intenções, as pessoas que espalharam aquelas fake news, aquelas mentiras, no início do ano, ajudaram o crime organizado”, comentou Barreirinhas.
O secretário cobrou a regulamentação das fintechs, de modo que haja mais transparência sobre suas operações.
Segundo o secretário, a Receita Federal, assim como o Ministério Público e a Polícia Federal, sabe que o crime organizado é muito financiado pela importação e comércio irregulares de combustíveis, cigarros, e jogos ilegais. “E todos nós sabemos também que no cerne de todas as operações aparecem as fintechs”, disse o secretário.
De acordo com a Receita, os criminosos movimentaram R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024 por meio de fundos de investimento que detinham participações em empresas por meio das quais facções lavavam dinheiro de origem ilícita.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui