Os líderes da oposição ao governo Lula (PT) conseguiram 41 assinaturas para entrar no Senado com um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Com isso, os parlamentares anunciaram, na manhã desta quinta-feira (7), o fim dos protestos.

Alexandre de Moraes
Os apoiadores de Bolsonaro pedem pelo impeachment de Moraes (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

O esforço da oposição começou após Moraes determinar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL). A próxima etapa dos apoiadores do ex-presidente será pressionar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

De acordo com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em uma entrevista coletiva, a oposição está sendo “fortalecida” pelo ex-presidente. Além disso, ele alega que as assinaturas ajudarão a impor limites sobre o ministro do STF.

“Alexandre de Moraes precisa voltar a ter limites”, afirmou. “Estive com o meu pai ontem e é sempre muito duro ver uma pessoa honesta passando por isso tudo. Quando uma pessoa inocente passa por isso, precisa ser muito firme. Ele se mostrou muito forte, a gente sai fortalecido pela força dele.”

Veja quem são os senadores que assinaram pedido de impeachment de Alexandre de Moraes:

  • Alan Rick (União Brasil-AC)
  • Alessandro Vieira (MDB-SE)
  • Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)
  • Carlos Portinho (PL-RJ)
  • Carlos Viana (Podemos-MG)
  • Cleitinho (Republicanos-MG)
  • Damares Alves (Republicanos-DF)
  • Dr. Hiran (Progressistas-RR)
  • Eduardo Girão (Novo-CE)
  • Eduardo Gomes (PL-TO)
  • Efraim Filho (União Brasil-PB)
  • Esperidião Amin (Progressistas-SC)
  • Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
  • Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
  • Ivete da Silveira (MDB-SC)
  • Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
  • Ivete da Silveira (MDB-SC)
  • Izalci Lucas (PL-DF)
  • Jaime Bagattoli (PL-RO)
  • Jayme Campos (União Brasil-MT)
  • Jorge Kajuru (PSB-GO)
  • Jorge Seif (PL-SC)
  • Luiz Carlos Heinze (Progressistas-RS)
  • Lucas Barreto (PSD-AP)
  • Magno Malta (PL-ES)
  • Márcio Bittar (União Brasil-AC)
  • Marcos do Val (Podemos-ES)
  • Marcos Rogério (PL-RO)
  • Mecias de Jesus (Republicanos-RR)
  • Margareth Buzetti (PSD-MT)
  • Nelsinho Trad (PSD-MS)
  • Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)
  • Pedro Chaves (MDB-GO)
  • Plínio Valério (PSDB-AM)
  • Professora Dorinha Seabra (União Brasil-TO)
  • Rogério Marinho (PL-RN)
  • Sérgio Moro (União Brasil-PR)
  • Styvenson Valentim (Podemos-RN)
  • Tereza Cristina (Progressistas-MS)
  • Wellington Fagundes (PL-MT)
  • Wilder Morais (PL-GO)
  • Zequinha Marinhos (Podemos-PA)

Alexandre de Moraes pode sofrer impeachment? Entenda como funciona

Conforme o Senado Federalnão existe previsão constitucional de impeachment de ministro do STF. Contudo, a Constituição Federal afirma que o papel de julgar ministros do Supremo quanto a crimes de responsabilidades, definidos na “Lei do Impeachment”, compete ao Senado.

Alexandre de Moraes
Apoiadores de Bolsonaro pedem pelo impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: Divulgação/TSE)

A partir da Lei n° 1.079/1950, é possível que qualquer cidadão, parlamentar ou não, denuncie ministros do Supremo Tribunal Federal e o Procurador Geral da República. A partir disso, um impeachment contra um ministro do STF se torna possível.

Segundo a lei brasileira, existem cinco crimes que podem levar ao impeachment de um ministro do Supremo Tribunal Federal. São estes:

  • Alterar, por qualquer forma, exceto por via de recurso, a decisão ou voto já proferido em sessão do Tribunal;
  • Proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa;
  • Exercer atividade político-partidária
  • Ser patentemente desidioso no cumprimento dos deveres do cargo;
  • Proceder de modo incompatível com a honra dignidade e decoro de suas funções

Caso um desses crimes seja constatado pelo Senado, o ministro sofrerá perda do cargo e até cinco anos de inabilitação para o exercício de qualquer função pública.

Para que um ministro do STF sofra um impeachment, é preciso que uma denúncia seja apresentada ao Senado Federal. Após protocolada, ela tramita com a denominação Petição (PET).

Em seguida, o Presidente do Senado encaminha o pedido à Advocacia do Senado, que faz avaliação técnica da proposta. Então, a denúncia é analisada pela Comissão Diretora.

Apenas após esse processo, o pedido de impeachment é levado para a deliberação dos senadores. Até hoje, um pedido de impeachment contra um ministro do STF nunca foi aprovado.

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Mariana Gomes

Repórter

Formada em Jornalismo pela PUCPR, especialista na área de Esportes, Cultura e Segurança, além de assuntos virais da internet e trends das redes sociais.

Formada em Jornalismo pela PUCPR, especialista na área de Esportes, Cultura e Segurança, além de assuntos virais da internet e trends das redes sociais.