Aos poucos, o Conselho de Governança Digital e Segurança da Informação (CGD-SI) começa a tomar forma. As primeiras reuniões já aconteceram e recentemente o governador Ratinho Junior escolheu mais quatro membros para o cobiçado conselho — com os atos de nomeação já publicados em Diário Oficial.

A escolha para integrar o Conselho é o desejo de muitos, mas para privilégio de poucos. E a aspiração nem é tanto sobre sobre a gênese e as discussões do “Conselhão”, mas pelo generoso jeton previsto na lei de criação.
Com previsão de uma reunião por mês, salvo convocação extraordinária, os participantes recebem um acréscimo de cerca de R$ 8.800,00 no salário. Ainda segundo a lei, o CGD-SI será composto por 21 membros — ainda faltam três cobiçadas vagas.
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Os mais novos agraciados por Ratinho foram o secretário de Comunicação, Cleber Mata, o assessor da Celepar, Francisco João Anacleto Junior, e dois amigos pessoais do governador: o onipresente João Biral Júnior e o psicólogo Gustavo Emanuel Cejas, que recentemente foi nomeado também para o cargo de diretor de Mercado da Fomento Paraná.
Quem deixou o conselho foi Letícia Ferreira da Silva que agora se tornou desembargadora do Tribunal de Justiça do Paraná. Para o lugar dela, foi escolhido Vinícius José Rocha, que é genro do deputado Hussein Bakri (PSD), e comanda a diretoria da Invest Paraná.
Os conselheiros se reuniram em agosto, setembro e no dia 15 de outubro, mais um encontro do CGD-SI. Desde então, foram aprovadas a criação de câmaras técnicas e a devida designação de servidores. Estão previstas ainda reuniões no dia 12 de novembro e 10 de dezembro.
O Conselho foi criado na lei que autorizou o processo de desestatização da Celepar — que segue suspensa por determinação do Tribunal de Contas do Estado do Paraná.
A intenção do colegiado é “monitorar políticas e diretrizes estratégicas relativas à governança de Tecnologia da Informação e Comunicação e à segurança da informação, deixando sob guarda-chuva do Governo do Estado a gestão para a implementação de ferramentas tecnológicas, em parceria com a Celepar ou qualquer outra empresa do ramo”.
O governo cita ainda que o CGD-SI “também vai ajudar a garantir a segurança dos dados. Os conselheiros, que têm relação com gestão pública, serão remunerados conforme a legislação”.
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