O Ministério Fiscal da Espanha recomendou a não prisão e extradição do blogueiro Oswaldo Eustáquio. A solicitação havia partido do Supremo Tribunal Federal (STF).

Oswaldo Eustáquio é citado por Moraes em decisão de derrubada do X; entenda
O ministro ainda citou que o blogueiro paranaense utilizou a conta no X da filha de 16 anos para intimidar e expor agentes da lei (Foto: Reprodução/Facebook Oswaldo Eustáquio)

A justificativa do Ministério Fiscal da Espanha é que o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, apontado pelo STF no pedido, não é considerado um delito no país europeu, por serem considerados “protegidos pela liberdade de expressão”.

Em 2024, o STF solicitou a prisão de Oswaldo Eustáquio, após o blogueiro divulgar nas redes sociais dados pessoais do delegado federal Fábio Alvarez Shor, responsável pela investigação do ex-presidente Jair Bolsonaro, no caso da venda das joias dadas por chefes de Estado.

O STF pontuou que o blogueiro utilizou as redes sociais da filha, Mariana, de 16 anos, para postar os conteúdos ofensivos contra o delegado.

“O delegado Fábio Shor, que assina o indiciamento de Bolsonaro, roubou o telefone celular da minha mãe em 2020. Ele é mau e descumpre a lei para alcançar seus objetivos. Acordou meus irmãos às 6h e mexeu na minha gaveta de roupas íntimas, debochando. Deus fará justiça”, disse a adolescente em uma das postagens.

As postagens motivaram lideranças da direita nacional, como o senador Marcos do Val (Podemos-ES), a realizarem diversas manifestações contra o delegado.

Dessa forma, o STF avalia que Oswaldo Eustáqui utilizou a filha adolescente para expor o delegado.

“Os filhos estão no Reino da Espanha com o pai, Oswaldo Eustáquio Filho, que os gravou e os orientou a fazer declarações, como forma de expor ou intimidar o delegado através do impacto mediático de tais declarações. À medida que a investigação avançava, foi identificado que o perfil X/Twitter ligado à adolescente Mariana Volf Pedro Eustáquio também é utilizado por seu pai, que se aproveitou de sua condição de menor para realizar condutas que obstruem a investigação, tentando fugir de sua responsabilidade criminal”, alegou o STF.

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Jorge de Sousa

Editor

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.