A Câmara dos Deputados aprovou na última terça-feira (18) o texto-base do chamado PL Anti Facção. A proposta, de autoria do governo federal, recebeu diversas modificações ao longo da tramitação sob relatoria do deputado Guilherme Derrite (PL-SP), atual secretário de Segurança Pública de São Paulo licenciado. Esta foi a sexta versão apresentada antes de finalmente ir ao plenário.

O projeto foi aprovado com ampla maioria: 370 votos favoráveis e 110 contrários. Entre os parlamentares paranaenses, a adesão ao texto foi expressiva. Dos 30 deputados da bancada estadual, 27 participaram da votação. Desses, 22 votaram a favor e 5 foram contrários.
Deputados do Paraná que votaram CONTRA o PL Anti Facção; veja abaixo
- Carol Dartora (PT)
- Lenir de Assis (PT)
- Elton Welter (PT)
- Tadeu Veneri (PT)
- Zeca Dirceu (PT)
Deputados do Paraná que votaram A FAVOR do PL Anti Facção
- Aliel Machado (PV)
- Beto Richa (PSDB)
- Matheus Laiola (União Brasil)
- Felipe Francischini (União Brasil)
- Geraldo Mendes (União Brasil)
- Diego Garcia (Republicanos)
- Pedro Lupion (Republicanos)
- Ricardo Barros (PP)
- Tião Medeiros (PP)
- Toninho Wandscheer (PP)
- Vermelho (PP)
- Filipe Barros (PL)
- Fernando Giacobo (PL)
- Luciano Ducci (PSB)
- Luciani Alves (PSD)
- Luísa Canziani (PSD)
- Luiz Nishimori (PSD)
- Paulo Litro (PSD)
- Reinhold Stephanes (PSD)
- Rodrigo Estacho (PSD)
- Sargento Fahur (PSD)
- Sérgio Souza (MDB)
Não votaram:
- Dilceu Sperafico (PP)
- Nelson Padovani Júnior (União Brasil)
- Luiz Carlos Hauly (Podemos)
O que muda com o texto aprovado
O PL endurece o combate ao crime organizado e cria novas regras para atuação das forças de segurança. Entre os pontos principais estão:
- Penas maiores para integrantes de facções e milícias, chegando a 40 anos, e até 66 anos para líderes.
- Progressão de regime mais rígida, com aumento de 85% no tempo mínimo.
- Proibição de graça, indulto, anistia e liberdade condicional para criminosos ligados a facções.
- Criação de definições legais para organizações ultraviolentas, novo cangaço, domínio territorial e ataques com explosivos, drones e armas pesadas.
- Regra para que líderes de facções cumpram pena em presídios de segurança máxima, incluindo monitoramento até de conversas com advogados.
- Apreensão prévia de bens de investigados, com possibilidade de perda antes da sentença final.
- Participação ampliada do Ministério Público por meio dos GAECOs.
- Audiências de custódia preferencialmente por videoconferência.
- Homicídios cometidos por facções passam a ser julgados por um colegiado, e não mais pelo Tribunal do Júri.
Debates e críticas
Durante a tramitação, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que o texto precisava ser aprofundado e que alguns trechos poderiam prejudicar investigações.
Parlamentares governistas também criticaram a relatoria. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse que o texto “favorece a protelação no confisco de bens”, enquanto Lindbergh Farias (PT-RJ) prometeu trabalhar para retomar o projeto original no Senado.
Por outro lado, defensores do texto, como Kim Kataguiri (União Brasil-SP), afirmaram que a versão aprovada melhora o sistema de recuperação de patrimônio ilícito.
E agora?
A Câmara ainda vai analisar os destaques que podem alterar trechos pontuais do texto. Após essa etapa, o PL Anti Facção segue para o Senado Federal, onde pode sofrer novas mudanças.
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