Os senadores do Paraná se manifestaram sobre o Projeto de Lei Anti Facção, aprovado na Câmara dos Deputados, e defendem que o texto passe por ajustes técnicos no Senado. A proposta, que endurece o combate ao crime organizado, será relatada pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), escolha anunciada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil).

Segundo Alcolumbre, a definição de Vieira como relator busca garantir uma análise técnica e impedir que o debate seja contaminado por interesses partidários. Vários parlamentares haviam demonstrado interesse em assumir a relatoria, entre eles Sérgio Moro (União Brasil-PR) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), conforme a Jovem Pan News.
Paranaenses querem correções no texto
Sérgio Moro afirmou que apoia o avanço do PL Anti Facção, mas considera necessário revisar trechos que, segundo ele, apresentam imprecisões e podem comprometer a aplicação da lei. Flávio Arns (PSB-PR) reforçou que o enfrentamento ao crime organizado é um dos principais desafios do país e destacou que nenhuma medida pode enfraquecer o trabalho da Polícia Federal. Para ele, o texto precisa garantir segurança jurídica e preservar a autonomia dos órgãos de investigação.
O senador Oriovisto Guimarães (PSDB-PR) preferiu não se manifestar.
Alessandro Vieira declarou que fará uma “revisão técnica” do projeto, com previsão de apresentar o parecer ainda neste mês. Ele afirmou que o objetivo é ajustar pontos sensíveis sem descaracterizar o propósito central do PL.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o texto aprovado pela Câmara vai na “direção oposta” ao combate ao crime organizado e enfraquece tanto a Polícia Federal quanto a Receita Federal, que atuam em operações contra facções.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também criticou o projeto. Em publicação nas redes sociais, afirmou que o texto foi alterado significativamente em relação à proposta original enviada pelo governo. Para ele, a versão atual cria insegurança jurídica e favorece a atuação de criminosos. Lula defendeu que o Senado adote responsabilidade e diálogo para corrigir os pontos considerados problemáticos.
Como votou a bancada paranaense na Câmara:
Entre os deputados federais do Paraná, 22 votaram a favor do PL Anti Facção e cinco foram contrários. Os votos contrários vieram dos petistas Carol Dartora, Lenir de Assis, Elton Welter, Tadeu Veneri e Zeca Dirceu.
Votaram a favor: Aliel Machado (PV); Beto Richa (PSDB); Matheus Laiola, Felipe Francischini e Geraldo Mendes (União Brasil); Diego Garcia e Pedro Lupion (Republicanos); Ricardo Barros, Tião Medeiros, Toninho Wandscheer e Vermelho (PP); Filipe Barros e Giacobo (PL); Luciano Ducci (PSB); Luciani Alves, Luísa Canziani, Luiz Nishimori, Paulo Litro, Reinhold Stephanes, Rodrigo Estacho e Sargento Fahur (PSD); e Sérgio Souza (MDB).
Não participaram da votação: Dilceu Sperafico (PP), Nelson Padovani Júnior (União Brasil) e Luiz Carlos Hauly (Podemos).
A expectativa é que o Senado ajuste o texto para decidir se o PL Anti Facção seguirá à sanção presidencial.
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