A executiva do PMDB do Paraná liberou os candidatos a deputados estaduais e federais a participarem de eventos de adversários do senador Roberto Requião, na corrida ao Palácio Iguaçu. Os peemedebistas só não podem pedir votos a outros nomes que estão na disputa ao governo.
A liberação foi decidida após a surpreendente vitória do senador Roberto Requião (PMDB) para sair como candidato a governador no Paraná e demonstra um racha total do partido no Estado. Dos 13 deputados estaduais que representam a legenda na Assembleia Legislativa, 11 defendiam a coligação com o PSDB e apoio ao candidato Beto Richa.
A posição dos membros do partido é lamentável, conforme ressaltou o presidente do PMDB-PR, deputado federal Osmar Serraglio, mas necessária para fortalecer os partidos. “Infelizmente o partido está rachado em todo o país. Há uma grande corrente de dissidentes e não podemos forçar ninguém a apoiar esse ou aquele nome”, diz.
Os candidatos peemedebistas podem subir ao palanque de outros candidatos ao governo, participar de eventos, reuniões políticas e comícios. “Só não está permitido o pedido direto de votos”, ressalta Serraglio. De acordo com ele, os deputados estaduais Alexandre Curi e Luiz Claudio Romanelli já declararam que irão apoiar à candidatura para reeleger o governador Beto Richa (PSDB).
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Requião sairia enfraquecido
A liberação dos deputados peemedebistas para apoiar outros concorrentes ao cargo de governador pode enfraquecer a campanha do senador Roberto Requião, na opinião do professor de Ciência Política da Uninter, Doacir Quadros. “Os deputados estaduais e federais são cabos eleitorais de grande peso que agregam votos aos candidatos das majoritárias, especialmente no interior do estado e em pequenos municípios”, analisa.
A estratégia do partido, na opinião de Quadros, tem o objetivo de não perder lideranças políticas fortes para outras legendas e diminuir a representatividade do PMDB tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Federal.
A assessoria de imprensa do senador Roberto Requião informou que os deputados que participarão de campanhas de seus adversários são os mesmos que trabalharam contra a candidatura própria na convenção do partido. A assessoria também informa que a ausência destes políticos não enfraquecerão a campanha de Requião.
