
Decisão também foi tomada contra outros 11 alvos da Operação Pedra no Caminho, que investiga irregularidades nas obras do Rodoanel Norte
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente da Dersa, Laurence Casagrande Lourenço, e outros 11 alvos da investigação que apura desvios de R$ 600 milhões das obras do Rodoanel.
Casagrande, ex-secretário do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), foi preso no dia 21 de junho na Operação Pedra no Caminho. Na investigação, a Polícia Federal atribui a Laurence Casagrande os crimes de fraude à licitação, falsidade ideológica e associação criminosa. O TCU (Tribunal de Contas da União) e o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União identificaram irregularidades e superfaturamento, por meio da celebração de aditivos contratuais desnecessários, visando à apropriação indevida de recursos públicos em prejuízo da União, do Estado de São Paulo e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que financiaram as obras.
De acordo com os investigadores, para maquiar o sobrepreço adotou-se o ‘jogo de planilhas’, método ‘comum em fraudes a licitações’ em que os itens são contratados de forma global. O licitante oferece preço acima do mercado para alguns itens e abaixo da referência para outros para colocar-se artificialmente como menor preço global. As obras do Rodoanel Norte tiveram início em 2013 e ainda estão em andamento.
O que diz a Dersa
A DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S/A reitera que juntamente com o Governo do Estado é a maior interessada na elucidação do caso. Havendo qualquer eventual prejuízo ao erário público, o Estado adotará as medidas cabíveis, como já agiu em outras ocasiões. O R7 tenta contato com a defesa de Laurence Casagrande Lourenço. No dia 21 de junho, o advogado do ex-presidente da Dersa, Eduardo Carnelós disse que a prisão era injusta e ilegal.
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