O deputado federal Glauber Braga (PSOL) foi detido na tarde desta sexta-feira (20) pela Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ). Segundo relatos, o deputado tentou impedir a desocupação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que está tomada pelos estudantes há 56 dias.

prisão de glauber braga
Neste momento, Glauber Braga já vem enfrentando um processo que pode culminar em sua cassação na Câmara dos Deputados (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

A PM cumpriu determinação da Justiça, que ordenava a retirada dos manifestantes do Pavilhão João Lyra Filho, que fica no Campus Maracanã.

Durante a desocupação a polícia utilizou de bombas de efeito moral e os estudantes revidaram com pedras. Foi neste momento que Glauber Braga tentou defender os alunos e acabou detido junto com diversos dos manifestantes.

Em nota, a reitoria da Uerj disse lamentar “profundamente que, apesar de todos os esforços de negociação – oito reuniões com entidades representativas dos estudantes e audiência de conciliação com a juíza do Tribunal de Justiça – a situação tenha chegado a esse ponto de intransigência por parte dos grupos extremistas da ocupação”.

O PSOL classificou o episódio como ilegal. “A prisão do deputado federal do PSOL Glauber Braga se deu de modo arbitrário e ilegal, quando nosso parlamentar tentava negociar uma solução pacífica para a reintegração de posse do Pavilhão João Lyra Filho”.

Reivindicações dos estudantes da Uerj

Dentre as reinvidicação dos estudantes está a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa 038/2024, que traz mudanças nas regras para a concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil. Dentre as medidas criticadas, o Ato limita o público que pode receber auxílio alimentação e altera as regras para o recebimento de bolsas, o que, na prática, exclui mais de mil estudantes, que deixam de se enquadrar nas normas, segundo a própria universidade.

Ao todo, mesmo com as novas regras, 9,5 mil estudates seguirão recebendo as bolsas de vulnerabilidade.

Erick Mota posando para foto
Erick Mota

Editor-chefe

Jornalista há mais de 10 anos, atuou como repórter de rede em Brasília, onde se especializou em jornalismo político. Participou de coberturas no STF, Congresso Nacional e Assembleias Legislativas. Também cobriu o caso Lázaro Barbosa e morte da cantora Marília Mendonça. Produziu documentários e reportagens especiais por todo Brasil. Possui uma paixão especial em fotografia e jornalismo cultural. Apresentou programas de TV e podcasts durante toda a carreira.

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