Curitiba - O prefeito de Fazenda Rio Grande, Marcos Marcondes, deixou a prisão no início da noite desta quinta-feira (23). Ele e os outros quatro investigados da Operação Fake Care, que apura um esquema suspeito de desvio de mais de R$ 10 milhões na Secretaria de Saúde, tiveram as prisões preventivas revogadas.

O Grupo Ric registrou o momento em que o prefeito de Fazenda Rio Grande deixou o Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (assista ao vídeo abaixo).
O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná substituiu a prisão preventiva dos quatro investigados por uma série de medidas cautelares, como:
1. Monitoração eletrônica.
2. Proibição de acesso e/ou frequência à sede da Prefeitura Municipal de Fazenda Rio Grande/PR, edifícios/sedes relacionados, bem como às sedes e edifícios das empresas investigadas.
3. Proibição de manter contato com os demais investigados do Procedimento Investigatório Criminal, por qualquer meio.
4. Recolhimento domiciliar no período noturno.
5. Proibição de se ausentar do país.
O desembargador Kennedy Josué Greca de Mattos entendeu que as medidas cautelares são suficientes para o andamento do processo. Contudo, o prefeito de Fazenda Rio Grande e os demais presos na operação continuam afastados de suas funções. Além disso, o magistrado ponderou que embora os réus sejam primários e possuam condições pessoais favoráveis, eles demonstraram, supostamente, destreza e refinamento em práticas criminosas, o que torna as medidas cautelares imperiosas.
Prefeito de Fazenda Rio Grande e outros quatro são presos em operação
Ao todo, cinco pessoas foram alvo da operação suspeitas de integrarem o esquema. Entre elas, o prefeito da cidade, o comentarista esportivo Abrilino Fernades e o um auditor do Tribunal de Contas do Paraná, Alberto Martins de Faria. Veja o papel de cada um, conforme o MPPR:
- Alberto Martins de Faria – auditor do TCE-PR e apontado como líder do grupo; responsável pela coordenação do esquema, entrega de dinheiro e lavagem dos valores desviados por meio de empresas próprias.
- Samuel Antônio da Silva Nunes – sócio formal da AGP Saúde, responsável pela representação da empresa e por dar aparência de legalidade aos contratos.
- Abrilino Fernandes Gomes – intermediário entre a empresa e os agentes públicos, além de responsável pela entrega de valores em espécie.
- Marco Antônio Marcondes Silva – prefeito de Fazenda Rio Grande; teria autorizado contratações e homologado processos em troca de vantagens financeiras.
- Francisco Roberto Barbosa – ex-secretário de Saúde e atual secretário de Finanças; teria promovido o projeto e assinado documentos de contratação e aditamento dos contratos com a AGP Saúde.
O que diz a defesa do Prefeito?
“Atendendo às nossas expectativas, o Exmo. Desembargador Relator do feito compreendeu pela desnecessidade atual da manutenção da prisão preventiva, concedendo liberdade provisória ao Prefeito Marcondes. Com tranquilidade, demonstraremos, durante a instrução processual, que as suspeitas eventualmente remanescentes em relação ao Prefeito não subsistem”, disse o advogado Rodrigo Sánchez Rios.
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