O prefeito de Fazenda Rio Grande, Marco Marcondes (PSD), preso na última quinta-feira (9), prestará um novo depoimento na manhã desta segunda-feira (13). O político é alvo de investigação do Ministério Público do Paraná (MPPR), por suspeita de desvio milionário na área da Saúde do município.

O prefeito de Fazenda Rio Grande segue preso na Cadeia Pública de Curitiba, com os outros quatro investigados na Operação Fake Care. O novo depoimento, conforme o advogado, está marcado para às 11h desta segunda (13). A defesa tenta a liberdade do político.
Na manhã desta segunda-feira (13), o vice-prefeito de Fazenda Rio Grande, Luiz Sergio Claudino (Serjão), do PP, assumiu a prefeitura interinamente. Confira a nota oficial do órgão:
“O vice-prefeito Luiz Sergio Claudino (Serjão) assumiu interinamente, nesta segunda-feira (13 de outubro), a chefia do Poder Executivo Municipal de Fazenda Rio Grande, conforme previsto na legislação vigente.
Todas as secretarias e órgãos municipais seguem operando normalmente, assegurando o pleno funcionamento dos serviços públicos à população. A Prefeitura reafirma seu compromisso com a transparência, a legalidade e o interesse público”
Operação prende prefeito de Fazenda Rio Grande
A operação visa desarticular uma organização criminosa voltada à prática de crimes contra a administração pública na área da Saúde de Fazenda Rio Grande. Entre as investigações estão a suspeita de corrupção ativa e passiva, contratação direta ilegal, peculato e lavagem de dinheiro, por servidores públicos e particulares.
As apurações do GAECO mostraram que desde 2022, a Prefeitura de Fazenda Rio Grande e a AGP Saúde estabeleceram contratos para a prestação de serviços. Mas algumas dessas prestações, como, por exemplo, a testagem domiciliar, poderiam ter sido executadas com maior qualidade e menos custos pelo Serviço Único de Saúde (SUS).
Além disso, os valores pagos pela Prefeitura de Fazenda Rio Grande à AGP Saúde foram denominados como “incompatíveis com os serviços prestados” pelo Ministério Público, o que pode caracterizar “superfaturamento” e “desvio de recursos”.
Somente em contratos com a Prefeitura de Fazenda Rio Grande, a AGP Saúde teria recebido mais de R$ 9,5 milhões. Mas acordos com outras prefeituras da Região Metropolitana de Curitiba, como Campina Grande do Sul e Quatro Barras.
Conheça as funções de cada investigado em esquema criminoso:
- Marco Antonio Marcondes Silva (prefeito) e Francisco Roberto Barbosa (secretário): suspeitos de autorizarem o processo de dispensa de licitação que beneficiou a empresa.
- Abrilino Fernandes Gomes: suspeito de atuar como intermediário entre prefeituras e a empresa.
- Samuel Antonio da Silva Nunes: era o proprietário formal da empresa, usada como laranja para ocultar os verdadeiros responsáveis.
- Alberto Martins de Faria: auditor do Tribunal de Contas, apontado como o chefe e autor intelectual do esquema.
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