O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou na terça-feira (3) a lei marcial, horas depois, a Assembleia Nacional derrubou a decisão. Em seguida, o presidente revogou a lei marcial. Nesta quarta-feira (4), os parlamentares sul-coreanos se reuniram e apresentaram o projeto para o impeachment do presidente.

O Partido Democrático (PD), pediu que Yoon renuncie ou enfrente o processo de impeachment. “Não podíamos ignorar a lei marcial ilegal”, disse aos repórteres o parlamentar do PD Kim Young-min. “Não podemos mais deixar a democracia entrar em colapso”, completou.
De acordo com o jornal Korea Herald, o é aprovar o impeachment do presidente entre sexta-feira (6) e sábado (7).
“Yoon poderia declarar lei marcial novamente devido a seu fracasso recente, agora enfrentamos um risco maior. Há um perigo maior de que (o segundo decreto) possa provocar a Coreia do Norte e perturbar a linha de demarcação militar, o que poderia acabar em um conflito armado”, explicou o principal líder da oposição, Lee Jae-myung
Logo depois do anúncio do protocolo do pedido de impeachment, o Ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, apresentou sua renúncia ao presidente. Além dele, todo o gabinete do presidente Yoon Suk Yeol e todos os assessores se ofereceram para renunciar aos seus cargos.
Lei marcial
Aproximadamente às 22h30 da noite o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou lei marcial no país. De acordo com o político, ele não teve escolha a não ser recorrer à medida para salvaguardar a ordem livre e constitucional da Coreia do Sul, afirmando que os partidos de oposição têm usado o processo parlamentar para lançar o país em uma crise.
“Declaro a lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças antiestatais pró-norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade de nosso povo e para proteger a ordem constitucional livre”, disse Yoon.
Após o anúncio, o caos começou a se alastrar pelo país. Militares invadiram a Assembleia Nacional e tentaram proibir os parlamentarem de entrar no local. Os parlamentarem atacaram os militarem usando extintores de incêndio e pularam o muro para conseguir acessar a assembleia e realizar a votação. Aproximadamente 2h48 depois do anúncio do presidente, a Assembleia Nacional derrubou a decisão da lei marcial, com 190 de seus 300 membros presentes, aprovou por unanimidade uma moção para que a lei marcial fosse suspensa, a votação contou com a presença de 18 membros do partido do presidente.
Aproximadamente seis horas depois de anunciar a lei marcial, Yoon revogou a decisão. “Aceitarei imediatamente o pedido da Assembleia Nacional e suspenderei a lei marcial por meio do Gabinete”, disse Yoon. Agora, o pedido de impeachment do presidente está protocolado. A princípio, a Coreia do Norte não se manifestou aos últimos acontecimentos da Coreia do Sul.
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