Curitiba - Na última quarta-feira (17), a vereadora Indiara Barbosa (NOVO) protocolou uma representação formal para a instauração de processo ético-disciplinar contra a vereadora Professora Angela (PSOL) por suposta intolerância religiosa e quebra de decoro parlamentar. O pedido já foi encaminhado à Mesa Diretora e à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Curitiba.

A representação foi protocolada com base nas falas da vereadora do PSOL durante a sessão da Comissão de Educação da última quarta-feira Durante a discussão de uma proposição que concederia honraria municipal ao vice-presidente da Federação Israelita do Paraná, Isac Baril, a vereadora teria cometido atos de intolerância religiosa.
De acordo com a representação de Indiara Barbosa, a parlamentar do PSOL teria “extrapolado os limites do debate político-institucional ao atribuir conotação negativa a práticas religiosas do judaísmo”. Especificamente, o gabinete da vereadora do Novo afirmou que o momento em que a Professora Angela mencionou o instituto religioso da Aliá, vinculando-o a posicionamentos políticos contemporâneos sem relação comprovada com o homenageado.
“O Parlamento não pode ser espaço para discursos preconceituosos, o fato ocorrido não é debate político legítimo, é estigmatização”, afirmou a vereadora Indiara Barbosa. “Em um momento em que o mundo assiste ao crescimento da violência motivada por intolerância religiosa, nossa responsabilidade institucional é ainda maior. Respeito à liberdade religiosa não é opcional, é um dever constitucional.”
Professora Angela cometeu intolerância religiosa? Entenda a fundamentação ética
De acordo com o documento protocolado, Professora Angela teria violado o Código de Ética Parlamentar da Câmara Municipal de Curitiba. No caso, a legislação impõe aos vereadores o dever de promover uma cultura institucional livre de preconceitos, inclusive de cunho religiosa.
Além disso, o pedido destaca que o uso de expressões e construções discursivas que associam uma crença religiosa a disputas políticas internacionais podem caracterizar quebra de decoro parlamentar.
Por isso, a vereadora Indiara solicitou que a Comissão de Ética instaure o processo ético-disciplinar contra a Professora Angela. A reportagem entrou em contato com a assessoria da vereadora do PSOL sobre o caso, mas não recebeu resposta. O espaço segue aberto.
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