A Caminhada pela Anistia reuniu autoridades políticas e lideranças da direita brasileira, nesta terça-feira (7), em Brasília (DF), para protestarem em prol da aprovação do projeto que prevê a libertação dos presos após os atos de 8 de janeiro de 2023. O ato foi iniciado às 16h na Catedral de Brasília e tem previsão de terminar na noite desta terça, na alameda José Sarney, próxima ao Congresso Nacional.

O protesto foi organizado pelo pastor Silas Malafaia e conta com a participação dos senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Magno Malta (PL-ES), dos deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Bia Kicis (PL-DF), além da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
Segundo informações do repórter Weslley Galzo da Agência Estado, o locutor do evento chegou a mencionar durante a caminhada que o objetivo do protesto “não é trazer milhares de pessoas, mas mandar uma mensagem através dos olhos do brasiliense”.
A presença de público chegou a ser ironizada por Malafaia, que apontou alta presença nos atos contra a PEC da Blindagem devido a mobilização realizada por celebridades e que o ato desta terça têm como artistas “as famílias das pessoas injustiçadas”.
Antes do início da caminhada, Flávio Bolsonaro discursou e pediu resiliência da população em prol da anistia.
“Não tem sido fácil. Assim como ele (Bolsonaro) não baixou a cabeça, nós não vamos baixar a nossa cabeça. Vocês, além de testemunhas, são atores ativos em mais um ato pela anistia para que o Congresso ouça a nossa voz, veja as cores que nós carregamos”, pontuou.
No Congresso, anistia pode ser votada na próxima semana

O relator do projeto que prevê anistia aos manifestantes dos atos de 8 de janeiro de 2023, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), disse em entrevista coletiva na Câmara dos Deputados nesta terça-feira que pretende colocar a proposta para votação na próxima semana.
Mesmo com esse aceso à direita, o relator também reiterou que não deverá finalizar o relatório da proposta com a solicitação de uma anistia ampla e irrestrita, mas com apenas a redução das penas para os envolvidos nos atos.
Vale lembrar, que mesmo aprovada pela Câmara dos Deputados, o projeto da anistia ainda precisará passar por votação no Senado Federal e sanção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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