Curitiba - O Partido Social Democrático (PSD) declarou no último sábado (29) o seu apoio à tramitação em urgência do projeto da anistia para os envolvidos nos atos de 08 de janeiro. O vice-líder do partido na Câmara Federal, deputado Reinhold Stephanes Júnior (PSD-PR) assinou o requerimento do líder do Partido Liberal (PL), deputado Sóstenes Cavalcante, para acelerar a tramitação do texto na casa.

O deputado paranaense confirmou o apoio em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã da Jovem Pan News. Stephanes explicou que sua assinatura oficializa a posição do partido a respeito do tema.
“Quando eu falo a respeito da anistia, eu falo em nome do [Gilberto] Kassab e também do meu líder Antônio Brito. E dos quase 50 deputados que o partido tem na Câmara dos Deputados. Somos 47 deputados federais. A grande maioria concorda que aquilo que está havendo é uma injustiça. Ninguém queria lhe dar um golpe e muito menos estavam armados, ou fizeram associação para isto”, afirma o deputado.
Projeto poderá ser votado em abril
Com a adesão do PSD ao pedido de tramitação urgente, a expectativa é que o projeto da anistia seja colocado em votação ainda no mês de abril. Isso porque, neste caso, o projeto não precisaria ser analisado pelas comissões da casa, seguindo diretamente para votação no plenário.
“Então a bancada entendeu que isso é correto. Felizmente, eu como vice-líder, tive a incumbência de assinar pelo partido o regime de urgência. E eu espero realmente que o nosso presidente Hugo Motta paute para o mês de abril ainda esse assunto, que é importante para o Brasil até para apaziguar tudo que o Brasil está passando”, conclui Stephanes.
Dois condenados pelos atos vão para prisão domiciliar
Enquanto o projeto da anistia avança na Câmara, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que dois dos condenados pelos atos de 8 de janeiro cumpram prisão domiciliar.
Uma das beneficiadas pela decisão é a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, acusada de pichar a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça. Assim, ela já deixou a cadeia e cumprirá prisão domiciliar em Paulínia (SP), onde reside.

Débora deverá usar tornozeleira eletrônica, não poderá usar redes sociais nem ter contato com outros investigados. Ela também está proibida de dar entrevistas para a imprensa, blogs e podcasts nacionais ou internacionais sem autorização do STF. No caso de descumprimento, ela deverá voltar para o presídio.
O outro beneficiado é um homem, que também foi condenado a 14 anos de prisão por participação nos atos. Ele está em tratamento contra um câncer e teve um infarto recentemente.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui