O prefeito de Cascavel, no Oeste do Paraná, Leonaldo Paranhos, gastou mais de R$ 1 milhão durante a campanha eleitoral de 2020. Do total gasto, quase 27% foram destinados para serviços de terceiros.

Para se eleger em 2020, Leonaldo Paranhos, gastou mais de R$ 1 milhão durante a campanha eleitoral
Leonaldo Paranhos, prefeito de Cascavel (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

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Conforme o site do Tribunal Superior Eleitoral, Paranhos gastou ao todo R$ 1.015.319,36 durante a campanha nas últimas eleições municipais. O número representa 66,6% do limite de gastos que era de R$ 1.523.771,57. 

Na lista de despesas do prefeito de Cascavel está serviços prestados por terceiros, produção de programas para veículos de comunicação, despesas com pessoal, publicidade com materiais impressos e também com adesivos. 

Veja quanto o prefeito eleito gastou com cada despesa:

  • Serviços prestados por terceiros – R$ 272.304,70 (26,82%)
  • Produção de programas para veículos de comunicação – R$ 219.000,00 (21,57%) 
  • Despesas com pessoal – R$ 154.085,00 (15,18%) 
  • Publicidade por materiais impressos – R$ 106.670,82 (10,51%)
  • Publicidade por adesivos – R$ 65.295,20 (6,43%)
Prefeito eleito em 2020 gastou mais de R$ 1 milhão durante a campanha (Foto: TSE)

Comparação com outros candidatos

Segundo colocado nas eleições de 2020, Marcio Pacheco gastou R$ 115.905,67 com a campanha, aproximadamente R$ 900 mil a menos que o candidato eleito. 

Já o terceiro colocado Paulo Porto gastou ainda menos que os outros dois candidatos. Ele declarou um gasto total de R$ 27.700 durante a corrida eleitoral em Cascavel. 

O último colocado nas eleições de 2020, Major Arsênio, declarou um gasto de R$ 18.754,20. Em contrapartida, Paranhos gastou mais de R$ 60 mil somente com publicidade de adesivos. 

Limite de gastos aumenta em Cascavel 

O TSE divulgou o limite de gastos das campanhas para prefeito nas eleições de 2024. Em Cascavel, o teto é de R$ 1.979.047,30 por candidato ao executivo municipal, com possibilidade de aumento de R$ 790 mil em caso de segundo turno. 

O analista político Jeulliano Pedroso explicou que o valor é definido através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por isso houve um aumento impactante em relação ao pleito de 2020. 

“O que eles definiram é que o valor, a partir da última eleição, é corrigido pelo IPCA. Então é isso, eles entendem que a inflação corrói o valor dos gastos e é por isso que eles fazem essa correção. Portanto, como a gente teve uma variação grande relacionada nesse período, a gente teve esse aumento tão impactante de uma eleição para outra”.

Conforme o Tribunal Superior Eleitoral, o limite de gastos deve ser seguido por candidatos, partidos e coligações. Além disso, informou que as quantias são distribuídas proporcionalmente entre os municípios, considerando o tamanho da cidade e o número de eleitores aptos ao voto.

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Guilherme Fortunato

Editor

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.