O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) deve ser anunciado nesta semana como ministro pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Boulos é cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República no lugar de Márcio Macêdo, que está no cargo desde o início do terceiro mandato presidencial de Lula.
Segundo a Jovem Pan, a decisão de Lula é “movimento estratégico para reaproximar o governo dos movimentos sociais e fortalecer a base de esquerda com vistas às eleições de 2026”.
Quem é Guilherme Boulos, futuro ministro de Lula
Guilherme Castro Boulos é uma das principais lideranças da esquerda no Brasil. Graduado em Filosofia e mestre em Psiquiatria pela Universidade de São Paulo (USP), Boulos é filiado desde 2018 ao PSOL, embora seja ligado a movimentos sociais antes de ingressar na vida poítica.
Desde 2002, Boulos faz parte do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), grupo social a qual o deputado federal faz parte da coordenação nacional.
Antes da carreira política, ainda atuou como professor da rede pública municipal e estadual em São Paulo.
A carreira política de Boulos começou em 2018, quando o PSOL lançou chapa presidencial com ele e Sônia Guajajara. A dupla recebeu mais de 617 mil votos no primeiro turno, mas não conseguiu chegar ao segundo turno da disputa.
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Dois anos depois, Boulos tentou pela primeira vez ser eleito prefeito de São Paulo. Com a ex-prefeita paulistana Luiza Erundina como vice, o professor chegou ao segundo turno da disputa, mas foi derrotado pelo candidato à reeleição, Bruno Covas (União).
Em 2022, conquistou a primeira vitória na carreira política ao ser eleito como deputado federal.
Boulos recebeu 1.001.472 votos e foi o parlamentar mais votado em São Paulo naquele pleito, à frente de nomes como Carla Zambelli (PL) e Eduardo Bolsonaro (PL).
Boulos tentou novamente ser eleito prefeito de São Paulo em 2024. Dessa vez, com uma coalisão com o PT – que indicou Marta Suplicy como vice na chapa.
O professor chegou novamente ao segundo turno e, mesmo aumentando em mais de 700 mil os votos recebidos, não conseguiu derrotar o candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB).
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Editor
Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.
