Nesta terça-feira (05), integrantes da Frente Feminista de Curitiba e região metropolitana foram recebidos na Câmara Municipal, durante uma sessão plenária, para entregar uma proposta na qual pedem que a rodoferroviária da cidade passe a se chamar Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre.
A moção, entregue à vereadora Julieta Reis (DEM), procuradora da Mulher da CMC e presidente da Comissão de Constituição e Justiça, foi aprovada na II Conferência Extraordinária Municipal de Políticas para Mulheres de Curitiba, realizada no dia 19 de outubro. Até o momento, 70 entidades ligadas aos direitos das mulheres e 8.282 pessoas, que assinaram uma petição pública na internet, já apoiam o projeto.
Por que nomear a rodoferroviária com o nome de Rachel Genofre
O documento responsabiliza o Estado e aponta possíveis erros no processo para a solução do crime, além de justificar a homenagem a Rachel para que o crimes como este não sejam esquecidos e nunca mais aconteçam.
“Como justiça para este caso não basta apenas seu responsável estar preso e aguardando julgamento. Queremos que a Prefeitura de Curitiba dê o nome de Rachel Lobo Genofre à rodoferroviária de Curitiba numa forma de reconhecer os erros havidos no processo para a solução do crime, como lembrete de que o Estado precisa estar atento e em memória desta inocente que teve sua vida ceifada”, completa o texto do documento.
Luta feminista pela justiça contra violência
A menina foi assassinada com 9 anos de idade no ano de 2008, seu corpo foi abandonado na rodoferroviária de Curitiba dentro de uma mala embaixo de escadas. De acordo com o documento, o caso foi classificado como “emblemático” e denuncia que Rachel “foi violada e morta pelo modelo de masculinidade que o machismo e o patriarcado construíram nesta sociedade”.
“Nós do movimento feminista lutamos por justiça, não só neste caso, mas por vários outros. Mais do que justiça, precisamos de prevenção contra a violência, contra as atrocidades cometidas com as nossas crianças, por isso foi entregue o nosso pedido, para que nenhuma outra criança sofra, nem próximo, o que aconteceu com a minha filha”, explicou Maria Cristina Lobo Oliveira durante a sessão planária.
