Após ser apontado pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, como candidato a presidente da República pelo partido em 2026, Ratinho Jr. se disse “honrado” com a menção. O governador do Paraná ainda aposta que não haverá candidatura única da centro-direita nessa disputa e fez críticas ao terceiro mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Então, isso num primeiro momento, eu acho que é natural que os partidos se posicionem. E lá na frente, aí é bem provável que a gente possa construir uma união, eu não acredito num primeiro turno, mas num segundo turno, daquele nome que conseguir ter a maior capacidade de ganhar, enfrentar o governo que está aí, que infelizmente não tem demonstrado um bom trabalho para os brasileiros”, explicou.
Ratinho Jr. esteve presente na cerimônia de filiação do vice-prefeito de Curitiba, Paulo Martins, ao Novo. O evento foi realizado na noite desta sexta-feira (8) e o governador do Paraná concedeu entrevista a repórter Bárbara Hammes da RICtv.
Confira abaixo a entrevista de Ratinho Jr.
Menção de Kassab como candidato
Primeiro que ter a menção feita pelo presidente do partido, da possível candidatura do nosso nome, para mim é uma satisfação, uma honra. Claro que são alguns passos que estão sendo dados, tem uma discussão interna do partido ainda, nós temos uma bancada de deputados federais muito forte, tem uma bancada de senadores, eles obviamente têm que ser ouvidos também nesse processo, mas eu fico muito feliz.
Nós temos também dentro do partido o Eduardo Leite, que é um grande governador do Rio Grande do Sul também, que tem todas as possibilidades de ser um nome que possa representar o PSD, mas claro que a gente ficou extremamente honrado em já ter uma sinalização do presidente Kassab para construir um projeto, um Brasil mais moderno.
Decisões de Alexandre de Moraes contra a Família Bolsonaro
Olha, eu avalio não só na questão desse assunto, mas também no modo geral, que as instituições nesse momento têm cansado a população com algumas medidas, você vê aí um descompasso de diálogo entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.
Você vê hoje um enfraquecimento das instituições, isso é muito ruim para a democracia brasileira, a gente espera, e até ontem nós tivemos uma reunião com nove governadores do Brasil, dos estados brasileiros, no sentido de demonstrar que nós estamos preocupados com isso, e nós apresentamos aí esses governadores que estavam presentes, mais de 60% da população brasileira.
Essa guerra institucional não vai trazer nenhum benefício para a Dona Maria, nenhum avanço para o país, o que traz avanço para o país é a prosperidade, é trazer uma paz, e começando pela paz institucional. Então a gente espera que os atores políticos e das instituições possam colocar a cabeça no travesseiro, e entender que esse processo que vem acontecendo no Brasil, conturbado, não vai fazer bem para a sociedade.
Tarifas dos EUA
Olha, inclusive agora há pouco eu estive falando com alguns setores, inclusive da produção de máquinas pesadas aqui do Paraná, atendi inclusive a presidente de um grupo muito grande aqui do estado, justamente nos colocando à disposição, entendendo o que cada um precisa para esse momento.
Claro que o que vai resolver essa questão é a diplomacia brasileira, achando entendimento com o governo americano. Mas da nossa parte, o que cabe a nós fazer, nós estamos colocando um diferimento na parte tributária do ICMS, colocamos R$ 200 milhões através do BRDE à disposição desses setores para capital de giro, para o apoio financeiro necessário, e também estamos fazendo para as empresas que têm créditos de exportação no nosso estado, uma antecipação de qualquer tipo de pagamento, caso tenha necessidade.
Estamos falando ainda de um recurso que pode chegar a R$ 300, R$ 400 milhões, dependendo da demanda dessas empresas ou desses setores.
O assunto político está em uma temperatura que não é a ideal. Tanto por parte do governo americano, que tem colocado essa taxação, na minha avaliação, injustamente com o Brasil, mas também não tem tido uma eficiência na parte política do governo brasileiro em tentar buscar uma solução. Então, nesse momento, o Itamaraty é estratégico.
Aliás, já devia ter entrado em campo há bastante tempo, há mais de 60 dias, quando se começou a discutir essa taxação. Então a gente espera que agora o Itamaraty, que tem uma capacidade de negociação histórica, historicamente o Itamaraty é uma das melhores chancelarias que nós temos no mundo, reconhecida com essa capacidade de negociação, e a gente espera que eles possam avançar.
E cobrando do governo federal que ele possa também apresentar medidas, como nós estamos apresentando nos nossos estados, para o setor produtivo, de alguma maneira, para amenizar esse tipo de problema.
Filiação de Paulo Martins no Novo
Olha, eu vejo que para o Novo é um ganho muito grande ter o Paulo Martins filiado ao partido. Os pensamentos, os posicionamentos do vice-prefeito Paulo Martins se identificam muito com o Novo. E é uma jovem liderança, uma liderança em ascensão no Estado, sem dúvida alguma vai ter um grande protagonismo, não só na eleição do ano que vem, mas também no futuro do Paraná.
Chapa conjunta do PSD e Novo à presidência
Olha, o Novo tem a princípio, terá um candidato, que é o governador (Romeu) Zema, que é uma pessoa que eu tenho uma boa relação, uma relação amistosa, uma pessoa que eu gosto muito, e é um bom nome realmente para o Brasil.
O que nós estamos conversando aí, não a nível partidário por enquanto, pode ser que isso lá na frente aconteça, é justamente a gente estar pensando o Brasil de forma conjunta.
Num primeiro momento, os partidos vão se posicionar com candidatura, é natural que isso aconteça, até porque tem os candidatos a deputados federais, isso é importante para os partidos fazerem um número, até por sobrevivência partidária.
Então, isso num primeiro momento, eu acho que é natural que os partidos se posicionem. E lá na frente, aí é bem provável que a gente possa construir uma união, eu não acredito num primeiro turno, mas num segundo turno, daquele nome que conseguir ter a maior capacidade de ganhar, enfrentar o governo que está aí, que infelizmente não tem demonstrado um bom trabalho para os brasileiros.
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