Após ser designado relator por Hugo Motta (Republicanos), o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade) informou que o Projeto de Lei (PL) da Anistia não atenderá aos anseios dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o parlamentar, o texto deve focar na diminuição de penas e não em perdão de crimes.

Segundo o relator, anistia “ampla, geral e irrestrita é impossível”. O deputado disse ainda que na quarta-feira (17) o presidente da Câmara se reuniu “como pessoal do PL” por mais de 3h e deixou claro que o texto será moderado. “Isso aqui talvez não agrade nem extrema direita, nem extrema esquerda, mas agrade a maioria da Câmara”, disse.
Enquanto aliados de Bolsonaro almejam anistiar o ex-presidente e demais envolvidos na suposta trama golpista que, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), terminou com a depredação dos prédios dos Três Poderes, Paulinho da Força afirmou que terá um texto mais brando, fruto de diálogo “com a esquerda” e “com a direita”.
“Cabe a mim tentar fazer esse meio de campo. É o que eu vou fazer. Conversar com todo mundo para que, no final, a gente possa ter um texto que agrade a todos”, disse Paulinho, que também se comprometeu a conversar com governadores para conseguir mais influência junto as bancadas estaduais.
Relator é contrário a anistia
Paulinho da Força foi questionado por jornalistas se haveria alguma possibilidade de anistia para os investigados e condenados pelos atos do dia 8 de janeiro, mas negou qualquer chance da matéria passar: “Nós não estamos mais falando de anistia”.
A urgência do PL foi aprovada na última quarta-feira (17) e contou com apoio da maioria dos líderes da Câmara dos Deputados.
Apesar da urgência ter sido colocada em votação pelo presidente Hugo Motta, ainda não se conhece o teor do texto, uma vez que não foi sequer apresentado. Diante desse cenário, há a possibilidade do projeto de lei englobar todos os envolvidos, o que inclui Jair Bolsonaro, mas também não é descartada a chance do relator manter apenas os manifestantes que depredaram o patrimônio público.
*Com informações da Agência Brasil
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